Varicela: Sintomas, riscos e vacina


A varicela é uma doença altamente contagiosa que é causada por uma infecção pelo vírus Varicela-Zoster (VVZ). Ela é característica (e fácil de diagnosticar por causa disso) por causar erupções cutâneas na pele.

Há formação de pequenas bolhas pruriginosas que passam a ter crosta. Os sintomas aparecem primeiro no peito, nas costas e no rosto e se espalha por toco o corpo.

Ela é transmitida por via aérea, por meio de espirro e tosse da pessoa infectada. A transmissão também pode ser feita por meio do contato físico com as bolhas.

O contagio acontece desde o segundo dia de aparecimento das manchas pelo corpo até o momento em que todas as bolhas e lesões cicatrizem por completo.

É uma doença normalmente inofensiva em crianças, mas que pode apresentar agravamento quando acontece em indivíduos na fase adulta.

Normalmente uma pessoa só contrai varicela uma vez nada vida. A infecção dá de presente ao portador a imunidade dela mesma.


Sintomas

Além das erupções cutâneas na pele, que é como uma marca registrada da varicela, existem outros sintomas que podem aparecer. Dor de cabeça, febre e fadiga costumam aparecer em conjunto com as bolhas na pele.

Os sintomas são aparentes entre os 10 a 20 dias após a exposição do indivíduo ao vírus e a sua presença dura até 10 dias.

Os sintomas da varicela se assemelham muito com a do sarampo. Ela também causa lesões arredondadas e vermelhas pelo corpo.

Assim que os sintomas se tornarem presentes é importante que o paciente procure acompanhamento médico para seguir o melhor tratamento para o problema.

Vacina contra a varicela

Os pediatras recomendam que os pais vacinem seus filhos contra a varicela junto com as outras vacinas de rotina. Essa vacina contribuiu para a diminuição dos casos e das complicações causadas pela doença em todo o mundo.

Estima-se que 70 a 90% das pessoas com essa doença são protegidas pela vacina. Se o paciente for vacinado em até 3 dias após a exposição do vírus o seu prognóstico será beneficiado de forma eficiente, minimizando os efeitos negativos da varicela no organismo.

Pode causar morte?

Sim! A varicela é uma doença que pode levar a morte. Estima-se que a cada 60.000 casos uma pessoa irá falecer. No ano de 2013 a Organização Mundial de Saúde (OMS) registrou a morte de 7.000 pessoas pela varicela.

Prevenção da varicela

varicela

A forma mais eficaz de prevenção da doença é a vacinação. Desde os anos 80 a vacinação existe e tem sido uma grande aliada contra a doença. Então, a partir dos 12 meses de vida do seu filho ele já poderá ser vacinado.

Outra forma de evitar algum tipo de complicação com a varicela é favorecendo que o seu filho enquanto criança tenha a doença. Caso algum colega adquira a varicela, incentivar o contato do seu filho com ele terá efeito positivo.

Pode parecer absurdo mas não é. A varicela se torna grave em adultos e uma vez que a pessoa é infectada, possivelmente não será mais. É muito melhor e mais inofensivo que o seu filho tenha a doença enquanto criança, do que a desenvolva na fase adulta correndo, inclusive, risco de vida.

Varicela na gravidez

A varicela pode ser um problema grave quando acontece em mulheres grávidas. Apesar do risco de afetar o feto ser de 2%, é possível que haja problema de desenvolvimento e má formação, principalmente se a infecção pela varicela ocorrer no início da gestação. Se ocorrer depois do 5º mês de gestação, pode haver o parto prematuro da criança.

Mas se por acaso um recém-nascido for infectado pela doença, os riscos são ainda piores e existe probabilidade grande de levar à morte.

Complicações

Pessoas com sistema imunológico baixo, ou muito debilitado, podem ter complicações por conta da contração da varicela. Pessoas debilitadas podem desenvolver pneumonia, septicemias e até meningite.

Os pacientes que tomam medicamento para alguma doença autoimune ou para câncer se tornam mais vulneráveis e também podem desenvolver complicações.

Nos pacientes com imunodeficiência, a varicela pode causar infecções no pulmão e no cérebro e elas são potencialmente mortais. Além disso, nos adultos a doença também pode ocasionar pneumonia intersticial.

Quando o paciente tem problema renal, a varicela agrava o problema e causa falha renal. Uma complicação rara e incomum é a síndrome de Reye, que pode aparecer em pessoas que durante a infecção fez uso de aspirinas e remédios similares.

Estou com varicela, e agora?

A primeira coisa é ter calma! Com certeza após consulta médica você foi encaminhado para as melhores formas de tratamento durante o período de infecção. Normalmente algumas semanas são o tempo máximo para a permanência dos sintomas da doença e nesse período o recomendado é descanso absoluto e o consumo de água.

Em casos de complicações, quando há a presença de outros sintomas como dor no peito, pele vermelha, dificuldade de respirar e dor em locais lesionados, possivelmente o especialista irá prescrever antibióticos que tenham uma ação mais forte sobre a doença e elimine os sintomas.

Outro cuidado importante para se ter durante o tempo de infecção é manter as unhas bem limpas e muito bem cortadas. As lesões causadas pela varicela coçam bastante e a unha grande ou suja pode causar infecções na pele.

Também é importante cuidar dos locais das lesões. O especialista poderá aconselhar banho com permanganato de potássio, soluções iodadas e sabonetes bactericidas. Esses produtos aliviam a coceira e estimulam a cicatrização rápida das feridas. Também é aconselhado fazer compressas de permanganato de potássio ou de água boricada, ao longo do dia.

Imunidade à varicela

Quem já teve varicela não a terá novamente. Isso acontece porque a própria infecção confere uma imunidade permanente ao paciente. Em casos de gravidez, o feto estará protegido contra a varicela até o 6ª mês de vida extrauterina.

Por isso que muita gente acaba auxiliando que seus filhos enquanto crianças adquiram a doença enquanto ela é inofensiva. Adquirir varicela adulto é um risco para a própria vida, já que causa complicações e leva à morte.