Dar a luz para um filho é um dos sonhos de diversos casais. Para a mulher, ficar grávida de uma criança é uma grande conquista desejada durante toda sua vida. Porém, o que muitas pessoas não sabem é da possibilidade de problemas e dificuldades que uma gestação pode trazer, sendo vários bem raros de ocorrer, mas que levam a resultados temerosos, como a mola hidatiforme.
Essa complicação é um dos causos que levará até a perda do filho, pois altera, diretamente, na geração da criança dentro do corpo da mulher.
Diante dessa incomum doença, hoje, nesse artigo, estaremos abordando detalhes e informações essenciais sobre ela, incluindo os sintomas em quem a apresenta, os principais motivos de sua ocorrência, o que essa complicação é e se é possível uma gravidez futura, após passar pelo trauma.
O que é Mola Hidatiforme?
A mola hidatiforme, que também pode ser chamada de gravidez molar ou em mola, é um tipo de tumor bem raro que pode ocorrer durante uma gravidez, do qual faz parte do dos Tumores Trofoblásticos Gestacionais.
Essa doença, na maioria do casos, acontece no processo que o óvulo está sendo fertilizado com o espermatozoide.
Ela ocorre, pois, depois da fecundação, o zigoto não recebe os cromossomos que deveria receber da parta materna, ficando, somente, com os vindos do pai. Com isso, acontece uma grande desordem dentro do útero, criando uma deficiência cromossômica.
Por fim, durante uma mola hidatiforme, o bebê não consegue se formar adequadamente, já que o zigoto faz uma produção anormal de hormônio HCG.
A doença pode acontece de forma parcial e de forma completa, que será diferenciada a seguir no texto.
Sintomas da Mola Hidatiforme
Os sintomas mais comuns de serem apresentados nas mulheres com mola hidatiforme são:
- Sangramento na região da vagina, com presença de secreções marrons.
- Anemia, por conta das hemorragias.
- Abdômen inchaço, principalmente depois do primeiro mês de gestação.
- Surgimento de cistos ovarianos por conta do excesso do hormônio HCG.
- Vômitos
- Náuseas
- Pressão arterial elevada
- Dor de cabeça
- Inchaço dos membros inferiores e superiores
- Reflexos involuntários
- Hipertireoidismo
Causas da Mola Hidatiforme
Não existem uma comprovação 100% exata, porém estudos apontam que a principal causa da mola hidatiforme é por conta de alguma falha na passagem de informação genética entre o óvulo e o espermatozoide, com dois espermatozoides fecundando o mesmo óvulo. Por fim, ocorre um desequilíbrio genético com o zigoto deformado, causando a doença.
Fatores de risco
Qualquer mulher que já tenha iniciado a vida sexual pode estar propensa a aquirir uma gravidez com mola hidatiforme. Porém, existe alguns fatores que podem aumentar a chances do acontecimento. São eles:
- Viver nas regiões do México, Filipinas e países localizados no sudeste da Ásia
- Ter mais do que 40 anos
- Possuir histórico com doença e abortos espontâneos
- Mulheres brancas tem mais chances de aquirir a doença do que as que são negras
Diagnóstico
Quando a mulher apresenta os sintomas de mola hidatiforme, citados no tópico “Sintomas da Mola Hidatiforme” desse artigo, deve-se procurar ajuda médico com urgência para ele fazer o diagnóstico com rapidez.
Ao chegar no especialista, ele, provavelmente, solicitará um desses exames:
- Exame pélvico
- Ultrassonografia transvaginal
- Exame de sangue e de Beta HCG
Diante dos resultados, ele só poderá dar o diagnostico da presença, ou não, da doença.
Vale ressaltar que, quando o diagnostico é dado como positivo, a gestação não pode ser prosseguida.
Tratamento da Mola Hidatiforme
Em certos casos, não é necessário tratamento de fato, com a mulher eliminando sozinho o embrião deficiente.
Porém, em muitas vezes, o tratamento é feito pela curetagem, pois é o método mais efetivo para retirar por completo o tecido em excesso no útero.
Após o tratamento ser feito, a mulher deverá realizar alguns exames para supervisionar a presença do hormônio HCG. Eles serão feitos até o nível do hormônio ser zerado.
Possíveis complicações
As possíveis complicações futuras que podem ocorrer após a mola hidatiforme são:
- O desenvolvimento de uma mola hidatiforme invasiva, que pode atingir alguns órgãos.
- Alguma doença trofoblástica gestacional, que deverá ser tratada com quimioterapia.
- Coriocarcinoma.
Além disso, o casal, principalmente a mulher, pode sofrer com alterações emocionais e psicológicas, pois é um processo bem intenso e duro. Por isso, é recomendado buscar um psicologo e um grupo de apoio, após feito todo o tratamento.
Prevenção
Não existem formas para prevenção direta da mola hidatiforme, pois qualquer mulher está propensa a desenvolvê-la. Porém, a utilização de preservativos durante o ato sexual, fazer todos os cuidados pré-natais são algumas formas para diminuir a chance de acontecimento da doença.
Pergunta dos leitores
Qual a diferença entre a mola hidatiforme parcial e a completa?
Em casos de mola hidatiforme completa o óvulo recebe os cromossomos do pai duplicado e não recebem nenhum materno.
Já em casos de mola hidatiforme parcial, o óvulo recebe os cromossomos do pai duplicado, porém também recebe os 23 que são cedidos pela mãe.