A hipermenorreia é um problema delicado que afeta diversas mulheres no mundo todo e precisa atenção.
O fato é que desde que são adolescentes, as meninas tem que aprender a lidar com com sangramentos mensais e tudo o que isso traz consigo.
Conviver com essas características desde cedo e conhecer o próprio corpo ajudam muito na identificação de certos distúrbios de origem ginecológica que podem alterar o fluxo e também o fluxo menstrual.
A Menorreagia e a hipermenorreia são alguns desses distúrbios que afetam muitas mulheres e precisam de atenção.
Então, para saber um pouco mais sobre ele, continue lendo e descubra tudo o que você precisa saber sobre o assunto.
Menorragia ou hipermenorréia?
Existe uma grande confusão com os termos menorragia e hipermenorreia, então, primeiramente, é preciso fazer a definição de cada um deles.
Sendo assim, a menorragia nada mais é do que o sangramento que ocorre fora do ciclo menstrual.
Por outro lado, a hipermenorreia é o sangramento excessivo ou prolongado que ocorre durante o período menstrual. É dela que vamos tratar hoje.
Logo, podemos dizer que são diferentes, representando dois sintomas que podem ter um diagnostico diferenciado um do outro.
O que é hipermenorréia
A hipermenorreia, como já foi dita acima, nada mais é do que uma menstruação que ocorre com um fluxo excessivo ou de maneira prolongada, porém, em intervalos regulares.
As causas desse problema podem ser variadas e, normalmente, são referentes a algum problema de coagulação sanguínea anormal, alguma disfunção do revestimento do endométrio ou alguma variação nos níveis hormonais.
O fato é que um período menstrual regular tem de 21 a 35 dias de duração, sendo que a menstruação dura, mais ou menos, 5 dias e o volume de sangue fica entre 50 a 80 mililitros.
Para que seja possível identificar esse quadro, também denominado SUA (Sangramento Uterino Anormal) a primeira coisa a se fazer é descartar a possibilidade de uma gravidez, bem como de gravidez ectópica, abortamento e demais sangramentos comuns no princípio de uma gestação ou do pós parto.
Quando o sangramento é excessivo
É possível considerar um sangramento excessivo quando é contatada uma variação muito significativa do padrão menstrual da mulher.
Vale lembrar que cada mulher tem um ciclo próprio e com suas próprias características. No entanto, o sangramento pode ser considerado excessivo ou anormal em quatro diferentes situações, que são:
- Quando o sangramento se prolonga por mais de sete dias
- Quando a duração do ciclo é menor do que 21 dias
- Quando a perda de sangue é superior a 80 ml ou ocorre o surgimentos de coágulos no sangramento
- Quando o absorvente se enche de sangue em apenas 1h de uso.
Além disso, outro sintoma comum da hipermenorreia é que haja mais dor durante a menstruação, bem como falta de ar e fadiga que podem ser provocadas pela anemia causada pela perda abundante de sangue.
O mais importante de tudo é que ao desconfiar do problema de hipermenorreia, a mulher procure um médio imediatamente, para que o profissional possa estudar o caso.
Com isso é possível realizar exames clínicos, conhecer o histórico da paciente e realizar exames laboratoriais a fim de obter um diagnóstico preciso para esse transtorno, descartando outras doenças e anormalidade uterinas.
Causas da hipermenorréia
É bem comum que o sangramento uterino traga uma ou mais causas e para que seja possível fazer o diagnóstico e a avaliação da paciente, é preciso realizar exames clínicos e também laboratoriais.
O exame clinico é realizado pelo medico ginecologista no consultório mesmo, porém, alguns exames de imagem também são importantes para descobrir as causas da hipermenorreia, tais como Ressonância magnética e ultrassonografia pélvica e transvaginal.
Também podem ser solicitados exames complementares para avaliação hormonal da ovulação e a observação do endométrio e da cavidade uterina através de uma histeroscopia.
Ofato é que a hipermenorreia pode ser causada por diversos fatores e patologias, tais como:
- Miomas: que nada mais são do que tumores cancerígenos encontrados no útero e podem aparecer, muitas vezes, durante a idade fértil.
- Pólipos: que são bolinhas parecidas com cistos que se formam nas paredes uterinas.
- Doenças malignas do colo do útero, do útero e do endométrio.
- Adenomiose: que é quando o endométrio cresce entre as fibras do miométrio.
- infecção, inflamação e demais alterações do endométrio
- Coagulopatias: referentes a dificuldade de coagulação sanguínea.
- Latrogênica: pelo uso inadequado de DIU, pílulas contraceptivas, hormônios, anticoagulantes e et.
- Disfunções ovarianas: que ocorrem na pré-menopausa, por estresse, ovário policístico e etc.
Existem muitas causas possíveis para a ocorrência da hipermenorreia e é por isso que a avaliação profissional e a realização de exames são imprescindíveis para um diagnóstico adequado.
Tratamento da hipermenorreia
Uma menstruação mais intensa no princípio ou no final dos anos reprodutivos é algo comum e que pode se resolver espontaneamente.
Entretanto, quando existe uma causa por trás da hipermenorreia, ela precisa ser identificada para que o tratamento adequado possa ser administrado de forma direcionada.
Assim sendo, o tratamento para a hipermenorreia será prescrito com o intuito de resolver e tratar a fonte do problema, visto que a hipermenorreia é apenas um sintoma.
Em outros casos, quando a causa da hipermenorreia é apenas hormonal, o uso de contraceptivo oral combinado com outros hormônios já pode ser suficiente para um tratamento eficaz.
Além disso, quem sofre de hipermenorreia deve ficar atento aos níveis de ferro e outros nutrientes no sangue visto que o sangramento excessivo pode gerar um quadro anêmico.
Pergunta dos leitores
Existe um tratamento natural da hipermenorréia?
Visto que o sangramento uterino pode ter diversas causas, não há como descrever um tratamento natural para esse problema, visto que ele é um sintoma de algo.
Sendo assim, o mais indicado é procurar um médico e realizar um diagnóstico preciso do problema, a fim de ter um tratamento correto e direcionado ao causador da hipermenorreia.