Quando o assunto é disidrose ainda existe muita controvérsia entre as causas descobertas e as estudadas pela Medicina. Atualmente, as pessoas conferem a doença motivos que ainda não foram comprovados cientificamente. Muitos associam a disidrose com o excesso do ácido úrico no corpo humano, ao uso excessivo de bebidas alcoólicas ou a problemas renais.
A disidrose é associada com o surgimento de erupções cutâneas que reaparecem com frequência (conhecidas como caráter reincidente). Normalmente são vesículas – lesões na pele que contém líquidos e que chegam a ter um centímetro de diâmetro – isoladas ou aglomeradas com conteúdo espesso.
Os problemas geralmente se tornam mais comuns nas mãos e nos pés. Quando elas se tornam maiores que um centímetro deixa de ser vesículas e passam a se chamar bolhas. Quando o liquido resseca surgem as crostas, quando as lesões não evoluem formam as escamas.
Entenda o termo
A disidrose possui o prefixo DIS que significa falha, defeito ou dificuldade. Já a HIDROSE é a produção de água ou suor.
Estima-se que os primeiros comentários a respeito da doença tenham rondado as vesículas, que seriam as gotas de suor que não eram eliminadas e acabavam retidas na pele. Entretanto, após muito estudo, sabe-se que o líquido que existe nas bolhas não tem relação com suor ou água. A partir daí a palavra disidrose se tornou o termo clássico, sendo empregado erroneamente.
Atualmente pesquisas revelaram que o líquido existente na vesícula é inflamatório. Em suma, é uma inflamação que precisa ser lançada para fora do organismo.
As lesões geralmente causam grandes desconfortos e são extremamente variadas. A coceira é uma das queixas mais relatadas de quem sofre com a doença.
A enfermidade pode ser assintomática – sem a presença de sintomas – coçar muito ou pouco e apresentar uma sensação de ardência quando há algumas fissuras na pele.
Causas da Disidrose
Muitos são os fatores que podem causar as lesões da doença. A micoses cutâneas por exemplo, podem apresentar lesões disidrosiformes, quando o fungo já está dentro das vesículas. Vale ressaltar que também existe a disidrose com reação desabitada – sem fungos.
Relatos indicam que é comum achar pacientes com micoses nas unhas dos pés ou no meio dos dedos (a famosa frieira) e dispondo da doença nas mãos em consequência disso. Tratado o problema da infecção nos pés, a disidrose desaparece sem tratamento específico.
A farmacodermia também é uma das razões da enfermidade. Essas são adquiridas através do uso de alguns medicamentos. A penicilina é um dos remédios que podem causar diversas reações cutâneas disidrosiformes.
A dermatite de contato é outra opção de grande importância. Aqui a disidrose é gerada por substâncias que entram em contato com a pele por mecanismos alérgicos ou por irritação, causando uma erupção disidrótica.
Vale ressaltar que a doença tem uma reação individual. Cada pessoa gera a dermatite de contato por uma determinada razão. Enquanto outras desenvolvem pelo mesmo motivo, mas com uma dermatose bem diferente. Assim sendo, não é a classe da substância de contato que define se a lesão é ou não disidrose, mas sim o padrão de reação de cada um.
Situações de estresse e fatores emocionais também estão interligados com a doença. Já a dermatite atópica, inflamação crônica da pele, está relacionada com bronquite asmática e a rinite.
Ressaltando que a disidrose não é transmissível!!
Tratamento para doença
Atualmente o mercado traz um leque de opções para tratar a doença, mas se você prefere opções caseiras, saiba que existem várias que podem te ajudar
Uma das ideias para acabar com a disidrose é fazer compressas de calêndula – planta medicinal de propriedade cicatrizante e calmante, que alivia a coceira e ajudar a secar as bolhas. Você irá precisar:
- 2 colheres de flores de calêndula;
- 200 ml de água quente.
Preparo: coloque as flores na água quente e deixe descansar por dez minutos. Coe e molhe as compressas limpas aplicando na pele por 5 a 10 minutinhos.
Para os casos mais sérios, nada melhor que procurar ajuda de um profissional. Um dermatologista saberá iniciar um tratamento de forma mais eficaz. Geralmente os tratamentos são feitos com:
- Pomadas imunossupressoras: tacrolimo ou pimecrolimo – que diminuem o surgimento das bolhas na pele;
- Fototerapia: usado quando os cremes e pomadas não apresentam resultados;
- Cremes corticoides: cremes com Prednisona ajudam a secar as bolhas.
Em casos mais extremos o médico irá pedir injeções de toxina botulínica (botox). Isso diminuirá a função das glândulas sudoríparas, reduzindo a irritação.
Se você sofre com a disidrose não esqueça de lavar as partes afetadas com sabão e água morna e passar hidratante mais de três vezes ao dia. A higienização evitará que as regiões entrem em contato com substâncias irritantes.
Outro ótimo remédio é funcho com vinho. O xarope de funcho é medicinal e limita a sudorese. Essa receita promoverá a cura de dentro para fora. Anote o que você precisa ter em mãos:
- 30 gramas de funcho;
- 1 xícara de mel ou açúcar mascavo;
- 1 litro de vinho.
Modo de fazer: Coloque o vinho e o funcho em uma panela. Deixe ferver por dez minutos. Acrescente o mel – ou o açúcar – e ferva por mais quatro minutos. Tome uma colher de sopa, três vezes ao dia. Em três semanas os resultados serão bem visíveis.
Recapitulando…
Ter disidrose não é nenhum bicho de sete cabeças e nem uma doença grave. Como dissemos acima, ela não é transmitida, não é contagiosa e você pode seguir a sua vida normalmente. Claro que as coceiras e inflamações incomodam muito, mas nem por isso irá parar no tempo.
As causas mais frequentes desses problemas são durante o verão ou em passagens de estresse emocional. Ela surge como uma forma do organismo expor – de forma exagerada – o suor para fora, originando as irritações.
A disidrose tem várias formas de tratamento. A demora maior é encontrar o que está acarretando esse distúrbio, saber quais fatores que desregularam essa glândula. Por isso quanto mais rápido você identificar que há algo errado, mais acelerado será o processo para a cura.