A gravidez pode ser algo bastante indesejada e inesperada para um casal que não quer, pelo menos no momento, ter um filho. Diante disso, ocorreu uma grande crescente pela procura de métodos concepcionais efetivos nos últimos anos, com destaque para a pílula do dia seguinte, que está entre as mais buscadas.
Uma coisa que muitos casais não sabem é que esses métodos não são 100% efetivos, podendo, mesmo assim, causar uma gravidez indesejada, dependendo da situação que eles falhem.
Diante dessa importância da pílula do dia seguinte, hoje, nesse artigo, estaremos abordando todos os detalhes sobre ela, incluindo como é seu funcionamento, a divisão das doses, quais os componentes na sua fórmula e se existem contraindicações.
Para que serve a Pílula do dia seguinte
A pílula do dia seguinte é um dos meios contraceptivos de emergência disponíveis para as mulheres, servindo quando o casal tem relações sexuais sem utilização do preservativo e estão preocupados com a possibilidade de uma futura gravidez, conseguindo impedir da mesma ocorrer.
É essencial frisar que essa pílula não deve ser escolhida como um método para ser utilizado sempre, somente em casos de emergência e muita necessidade.
Como funciona a Pílula do dia seguinte
A pílula do dia seguinte comercializada no Brasil, por possuir uma grande quantidade de hormônios, age no organismo impossibilitante a ocorrência da ovulação e/ou impedindo que o espermatozoide fertilize o óvulo.
Para ter um resultado efetivo, a pílula do dia seguinte faz mudanças na menstruação da mulher.
Se o óvulo já tenha iniciado a fecundação e feito a implantação para dar início à gravidez, ela continuará e a pílula não terá efeito algum, pois não possuí efeitos abortivos.
Como tomar a Pílula do dia seguinte
Como falado anteriormente, a pílula do dia seguinte deve ser utilizada em casos de emergência, nunca sendo a primeira opção contraceptiva.
As pessoas que devem utiliza-la são:
- Teve alguma relação sexual sem preservativo
- Não ter tomada pílula contraceptiva regular
- Ter sofrido algum abuso sexual
- Deslocamento do diafragma vaginal
Para utilizar o medicamento, ter a efetividade necessária, deve-se tomar em até 72 horas depois da ocorrência do ato sexual sem ou com algum problema no método contraceptivo, sendo que o ideal é tomá-la no dia seguinte da ocorrência do sexo para as chances de eficiência ser maior.
A mulher deverá tomar 1 a 2 comprimidos, dependendo de quantos vir na caixa, em uma dose única.
Logo após tomar a pílula, a mulher terá sua menstruação iniciado entre 1 a 3 semanas, podendo vir com uma quantidade e coloração diferentes das ‘normais’.
Os seguintes sintomas também podem ser apresentados pós-pílula:
- Dores nos peitos
- Diarreia
- Sangramento vaginal
- Alteração nas datas de início da menstruação nos primeiros meses
Composição
A composição de quase todos os tipos de pílula do dia seguinte possui como princípio ativo a substância Levonorgestrel, que é um hormônio que ajuda a dificultar a ocorrência da gravidez.
Contraindicação
As seguintes pacientes são contraindicadas de fazer o uso da pílula do dia seguinte:
- Pacientes com histórico de trombose, enxaquecas e/ou doenças cardiovasculares e hepáticas
- Pacientes que sofreram algum tipo de problema ao utilizar alguma pílula anticoncepcional
- Mulheres que estejam amamentando
- Que possuem obesidade mórbida
Prós e contras da Pílula do dia seguinte
Como todo o medicamento, a pílula do dia seguinte possui prós e contras para sua utilização.
Os principais benefícios do medicamento são:
- É um dos métodos de emergência mais eficazes para evitar uma gravidez indesejada
- Barata
- Não é necessária prescrição do médico para compra-la
- É fácil de encontrar sendo comercializada
Os principais prejuízos do medicamento são:
- A pílula do dia seguinte possui níveis muito altos de hormônios, podendo trazer danos para a saúde
- Desregula o ciclo menstrual e hormonal feminino
- Pode aumentar o risco de ocorrer algum câncer ou doença pulmonar
- Possui efeitos colaterais bem incômodos
Superdosagem
Não se pode tomar muitas vezes seguidas a pílula do dia seguinte, sendo que só é recomendado tomá-la 3 vezes no ano, e não podendo ser duas vezes no mesmo ano.
Quando ultrapassa esse limite, diversos problemas hormonais podem ser apresentados, além dos efeitos colaterais normais causados pela pílula.
Caso ocorra essa superdosagem, é bastante recomendado mulher buscar orientação de um médico para checar se está tudo correto.
Interação da Pílula do dia seguinte com outros remédios
Os tipos de medicamentos que devem ser evitados, por interagir com a pílula do dia seguinte, são: anticonvulsivos, grande parte dos remédios naturais, antibióticos, antifúngicos e antivirais, erva de São João e que contenham levonorgestrel em sua formulação.
Armazenamento
É necessário guardar em um local longe da luz, do calor e da umidade.
Armazene em um lugar que as crianças não consigam alcançar.
Pílula do dia seguinte Preço
A pílula pode ser comercializada com diversos nomes, com nenhum sendo necessária a presença da receita médica para sua aquisição.
Os nomes comerciais mais comuns são: Diad, Pilem, Neodia, Hora H, Previdez, Pozato e outros.
O preço médico varia de R$ 10 a R$20, mudando de caixas contendo 1 a 2 comprimidos.
Pergunta dos leitores
Pílula do dia seguinte é abortiva?
Não, se o óvulo já tenha iniciado a implantação para gravidez a pílula não causar o aborto.
Tomar Pílula do dia seguinte e não menstruar no outro dia é normal?
Sim, normalmente a menstruação ocorre em um prazo de 1 a 3 semanas. Após a ingestão da pílula do dia seguinte.
Pílula do dia seguinte pode falhar?
Sim, ela possui 95% de efetividade quanto tomada no dia seguinte do ato sexual sem o preservativo. Quando a pílula do dia seguinte é utilizada a 2 ou 3 dias depois, o medicamento terá ainda mais possibilidades de falhar.