Anfetaminas são drogas sintéticas estimulantes que fazem com que o cérebro trabalhe mais depressa e, com isso, fazem com que a pessoa fique elétrica.
Infelizmente, as anfetaminas são populares entre as pessoas que exercem profissões em que é necessário ficar acordado a noite toda, como médicos, caminhoneiros e até entre os estudantes que acreditam precisar ficar a noite toda acordados para colocar seus estudos em dia.
Alguns remédios para emagrecer também têm anfetaminas em suas composições, o que exige um acompanhamento rigoroso que nem sempre é cumprido.
As anfetaminas provocam reações químicas no cérebro que resultam em excitação exacerbada, insônia (a pessoa fica muito agitada para conseguir dormir) e a falta de apetite. Os indivíduos que fazem uso dessas substâncias ficam mais alertas e mais atentos, além de sentirem uma grande sensação de bem estar. Apresentam, também, uma aparente melhora da capacidade intelectual.
Essa substância também afeta outros órgãos: provoca taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), aumenta a pressão arterial, pode causar diarreia, gastrite, tremor nas mãos, boca seca e irritação.
Sob o efeito das anfetaminas, o indivíduo começa a acreditar que é capaz de fazer tudo! Entretanto, esses benefícios aparentes duram pouco tempo: o efeito dessas substâncias pode durar oito, dez ou até doze horas.
Quando o efeito passa, entretanto, o efeito é exatamente o contrário: o indivíduo se sente deprimido, drenado de energia e extremamente angustiado, o que leva à necessidade de fazer uso da substância novamente e, em geral, em doses maiores.
As anfetaminas são indicadas no tratamento do transtorno de déficit de atenção (TDAH) com hiperatividade. Nestes casos, a substância controla a impulsividade do portador de TDAH, além de melhorar na concentração e na ansiedade. Dessa maneira, tanto o adulto como a criança portadora de TDAH e hiperatividade consegue uma elevação expressiva na produtividade.
Essa substância também é indicada no tratamento da narcolepsia, um distúrbio que provoca sono repentino e incontrolável, aparentemente sem causa. A pessoa acometida por esse distúrbio tem vários episódios durante o dia.
OBS: o excesso do uso das anfetaminas (abuso nas doses) pode levar ao ataque cardíaco e ao AVC (acidente vascular cerebral – derrame), além de causar dependência.
O uso contínuo dessas substâncias podem causar sérios problemas psicológicos como ataques de pânico, depressão grave e tendências suicidas.
Por causa do poder viciante da anfetamina, o neurologista ou endocrinologista deve acompanhar de perto a evolução do quadro do paciente.
Somente estes especialistas podem ajustar as doses de acordo com a necessidade de cada indivíduo, com o objetivo de evitar ao máximo os efeitos colaterais dessa substância que são marcantes na vida da pessoa que usa anfetaminas.
Quando o objetivo de saúde é atingido e o uso das anfetaminas não é mais necessário, os especialistas devem “desmamar” o paciente. Esse processo é lento e as doses da substância são diminuídas aos poucos até que seja seguro parar completamente de fazer uso dela.
A retirada brusca da anfetamina pode causar crises de abstinência que têm como sintomas: extrema agitação, náuseas, vômitos, suor, tremedeiras extremas, fadiga, psicoses diversas e outros distúrbios psicológicos e sono excessivo.
De acordo com dados da OMS, o Brasil é um dos maiores consumidores de anfetaminas no mundo. A maior parte das pessoas as usa para emagrecer, sem levar em consideração os contras que o uso dessas substâncias pode acarretar.
É importante que se use corretamente, seguindo as doses terapêuticas para que não haja dependência ou o surgimento dos efeitos colaterais que podem, inclusive, deixar sequelas para o resto da vida do indivíduo, mesmo depois de eliminar o uso de anfetaminas do seu dia a dia.
O uso de anfetaminas requer cuidados, atenção e rigoroso acompanhamento médico. Fique ligado.