Dores pelo corpo é sempre um problema gigantesco para o dia a dia das pessoas. Diversas regiões podem ficar expostas a essas condições dolorosas. Com isso, as costas, principalmente com fraturas e traumas na coluna, são uma das regiões que mais ocorrem essas condições, atrapalhando muito a vida dos seres humanos.
Porém, o que muitas dessas pessoas, que sentem esses desconfortos, não sabem é que elas podem estar sofrendo com espondilolistese, do tipo retrolistese ou anterolistese, podendo até mesmo estar em um grau elevado do deslocamento da vértebra. Hoje, iremos abordar com detalhes essas fraturas, o que elas são, quais seus tipos e como é feito o tratamento.
O que é retrolistese cervical
É diagnosticado como espondilolistese quando ocorre um escorregamento de duas vértebras, sendo que a superior fica sobre a inferior, do pessoa. Ela pode ocorrer tanto para trás, de forma anterior, assim sendo chamada de anterolistese, ou para frente, de forma posterior, sendo chamada de retrolistese.
Sendo assim, a retrolistese cervical é quando ocorre o escorregamento de maneira anterior de um vértebra sobre outra na região da coluna cervical.
Além da região cervical, que é o local que mais ocorre esse tipo de deslizamento, a espondilolistese com deslocamento de forma anterior é comum de ocorrer na região lombar e na coluna torácica.
Ela pode aparecer e evoluir diante de alguma alteração degenerativa ou por um trauma na coluna vertebral.
Quais são os sintomas?
Independente do grau que ocorra, a espondilolistese é uma condição que causa bastante dor para a pessoa.
Os sintomas mais comuns são:
- Dor lombar, podendo ser de forma leve ou grave, dependo do grau. Ela aumentará quando a pessoa ficar em pé. É possível que exista propagação da dor para o quadril ou membros inferiores.
- Aparecimento de hiperlordose, quando ocorre uma acentuação na curva lombar do corpo, por conta do deslizamento das vértebras.
- Sensações na pele, como queimação, calor anormal, frio, formigamento, entre outras.
No surgimento dos sintomas é recomendado procurar ajuda médica para dar início ao tratamento, que será melhor explicado mais a frente no artigo.
Tipos de espondilolistese
A classificação da espondilolistese são dividas em seis tipos. São elas:
- Ístimica: quando ocorre uma anomalia anatômica, que é um defeito de má formação, em um par articular.
- Lítica: é resultado de um fratura por estresse, principalmente em casos de fadiga ou esforço muscular excessivo, da parte interarticular.
- Displástica ou Congênita: ocorre entre o disco L5 – S1 da região lombar. Ela costuma ocorrer quando o sacro não suporta o peso e pressão exercida na região, assim deformando as facetas. Ela é muito comum de acontecer em adolescentes entre 12 a 17 anos, principalmente naqueles que vivem um grande estirão de altura.
- Degenerativa: trata-se de uma instabilidade intersegmentar prolongada, causando lesões e dor ao movimentar as articulações. Uma outra maneira dela ser causada é por múltiplas e pequenas rupturas por compressão do processo articular inferior da vértebra. Ela é mais comum de atingir mulher acima dos quarenta anos, no nível do disco L4 – L5 da região lombar.
- Patológica: esse é um tipo mais raro. Ela é uma reação secundária diante de uma uma doença metabólica, metastática ou infecciosa.
- Traumática: é o resultado de uma fratura aguda em alguma parte da vértebra, fazendo e facilitando deslizamento delas.
Além dos tipos, a espondilolistese tem uma divisão de graus de perigo e gravidade do deslizamento. São eles:
- Grau I–25%
- Grau II–50%
- Grau III–75%
- Grau IV- deslizamento total.
Retrolistese tem cura?
Sim, existe um tratamento de cura, que será melhor abordado a seguir, para ligar o istmo vertebral e recuperar o deslizamento que ocorreu. Porém, em alguns casos, é possível que que somente um lado das vértebras seja recuperada, dependendo de como o organismo irá se comportar.
Qual é o tratamento?
O tratamento irá depender do grau da fratura. Normalmente, o seu início se da com fisioterapia, para fortalecer o músculo e estabilizar a região que ocorreu o escorregamento das vértebras, e com uso de anti-inflamatórios. Em certos casos, é até mesmo necessário algumas injeções espinhais.
Em um grau mais elevado da ruptura, será necessário um tratamento cirúrgico, indicado diretamente pelo médico. Ela consiste diretamente na artrodese do segmento doente.
Em certos casos é até mesmo necessário um tratamento quiroprático. Os ajustes podem acontecer na articulação adjacente ou na região sacro-ilíaca.
Retrolistese tratamento fisioterapêutico
O tratamento fisioterapêutico se baseia em exercícios para reduzir a inchaço na região lombar e fazer o fortalecimento dos músculos envolvidos na ruptura.