A osteopenia não se trata de uma doença. Na verdade ela é uma condição que ocorre quando o osso perde cálcio e há uma diminuição da massa óssea. Uma das complicações desse problema é o surgimento da osteoporose, que essa sim é uma doença e pode casar muitos efeitos negativos no organismo.
Diferente da osteopenia, a osteoporose é uma deficiência metabólica no tecido ósseo que causa perda de massa.
Como acontece a osteopenia
Para entender da onde vem essa perda de massa óssea, é necessário falar sobre a construção de uma estrutura óssea equilibrada e forte. Existem 3 tipos de célula que são responsáveis pela formação do osso, pela reabsorção da estrutura óssea e pela sua regulação.
- Osteócito: Células maduras que regulam a quantidade do cálcio no tecido do osso;
- Osteoblastos: Essas são as células novas que formam a estrutura óssea;
- Osteoclasto: São responsáveis pela reabsorção das células que tem mais tempo e estão gastas.
O osso só se torna saudável e forte se essas 3 células estiverem estabilizadas e em equilíbrio, só assim ele é capaz de absorber o impacto e a carga que o corpo precisa para realizar suas atividades diárias.
A osteopenia acontece justamente quando alguma coisa interfere no equilíbrio dessas células, quando a função dos esteócitos é atingida e o cálcio não é levado em quantidade suficiente para o osso, causando perda de massa óssea.
A boa notícia, no entanto, que é possível corrigir os efeitos dessa condição.
O que pode causar o problema?
Não existe uma causa única para essa condição de perda de massa óssea, vários são os fatores que podem contribuir para que isso aconteça. Abaixo estão alguns dos mais comuns:
- Idade avançada;
- Desnutrição;
- Sedentarismo;
- Fator hereditário e genético;
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou paciente viciado em cigarro;
- Uso prolongado de certos medicamentos (como os que são à base de cortisona);
- Diminuição na produção de hormônios.
Quais são os sintomas?
A osteopenia não causa nenhum tipo de sintoma, por isso é importante estar fazendo consultas e exames médicos de forma periódica. No entanto, quando a perda de massa óssea se torna considerável, o paciente começará a apresentar fatores na sua saúde. Nesse caso a osteopenia já passou para uma osteoporose. Os sintomas da doença são:
- Fraturas do fêmur, das costelas e do punho;
- Dor localizada (que é causada na região onde o desgaste ósseo ocorreu);
- Fraturas das vértebras por compressão (nesses casos há dor, redução da estatura, sensibilidade óssea e aumento da cifose dorsal).
Tratamento
O objetivo principal dos tratamentos para a osteopenia é o de inibir a perda de massa óssea para que o problema não se agrave e se caracterize por uma osteoporose. Ele pode ser feito através de medicamentos indicados pelo especialista para aumentar a absorção de cálcio no organismo e principalmente nos ossos, para absorção de Vitamina D e como suplementação de cálcio.
É importante observar que o melhor tratamento para esse tipo de problema é a mudança de hábitos! Construir rotinas diárias com hábitos saudáveis é essencial e causa efeitos mais benéficos do que os próprios medicamentos.
Observe a seguir quais medidas simples você poderá adotar para tratar a osteopenia:
- Prática regular de atividades físicas, dando preferências às que podem ser feitas com exposição ao sol – o que ajuda a absorção de cálcio pelo organismo;
- Realização de fisioterapia com o intuito de fortalecer os músculos;
- Dieta alimentar rica em cálcio e Vitamina D.
Fatores de risco
Algumas pessoas fazem parte dos grupos que tem maior risco de desenvolvimento da osteopenia. Entre elas estão mulheres que desenvolveram a menopausa de forma precoce, fumantes, quem tem histórico familiar do problema, quem não faz atividades físicas e quem se alimenta de forma a não consumir alimentos suficientes para suprir a necessidade de cálcio no corpo.
A mulher corre mais risco de osteopenia do que o homem, porque elas naturalmente têm uma perda maior de cálcio nos ossos.
Tem como evitar?
São 3 as medidas que se devem tomar para a prevenção desse problema. As medidas são simples e devem ser tomadas por todas as pessoas que querem uma qualidade melhor de vida e de saúde. É preciso se expor ao sol em períodos curtos, fazer atividades físicas regularmente e modificar os hábitos alimentares para que haja uma ingestão maior de alimentos ricos em vitamina D e cálcio.
É necessário também que mulheres acima de 65 anos e homens com mais de 70 precisam fazer o exame para medir a densidade do osso (Densitometria óssea) todos os anos. Já que a osteopenia não apresenta nenhum sintoma, o exame assegura que se o problema aparecer ele seja tratado de forma adequada e rápida, podendo contribuir para um tratamento mais eficaz.
Osteoporose: O agravamento da osteopenia
Essa doença é o agravamento da osteopenia. Enquanto que inicialmente a perda de massa óssea é pequena, na osteoporose essa perda é muito significativa. A doença caracteriza-se pela deterioração da microarquitetura do tecido por causa da sua perda de elasticidade e de homogeneidade. A consequência disso é uma diminuição óssea que os torna frágeis e expostos a fraturas.
No início o corpo não apresenta nenhum tipo de sintoma, com o agravamento da osteoporose, no entanto, há não só perda significativa como alterações clínicas observáveis. O paciente poderá ter uma diminuição da estatura e um aumento da cifose dorsal. É normal também que haja fratura dos ossos mais compridos, por causa dos traumas maiores ou daqueles de baixo impacto.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera 3 critérios de avaliação que são capazes de diagnosticas a osteoporose através da Densidade Mineral Óssea (DMO), são eles:
- Normal: Quando o valor do DMO está dentro de um desvio-padrão abaixo do que é encontrado em mulheres adultas jovens.
- Osteopenia: Nesse caso o valor do DMO está entre -1 e -2,5 desvios-padrão da normalidade.
- Osteoporose: Acontece quando o valor do DMO está abaixo de 2,5 desvios-padrão da normalidade.
- Osteoporose estabelecida: Caracteriza-se por um valor de DMO abaixo de 2,5 desvios-padrão na presença de uma ou até mais fraturas causadas pela fragilidade do osso.