O Daltonismo é uma incapacidade de percepção de cores que alguns indivíduos apresentam. A forma de enxergar fica embaralhada e não é possível conseguir diferencias todas ou algumas cores.
O mais comum é que o indivíduo não consiga ver diferença entre o verde e o vermelho. É como uma deficiência visual que em muitos casos é causada por hereditariedade, mas conforme você for lendo o nosso texto, vai perceber que existem outras formas de contração.
O nome dessa doença é uma homenagem a John Dalton, químico inglês que foi o primeiro a estudar e se aprofundar sobre as características do distúrbio.
Tipos de daltonismo
Apesar de se ouvir falar sempre sobre esse problema, as pessoas em geral pouco sabem sobre ele. Por exemplo, poucos sabem que existem três tipos diferentes da doença.
Observe abaixo:
Monocramacia
Esse é o tipo de daltonismo onde só existe a percepção de luminosidade na visão dos animais. É muito raro nos humanos, mas também pode acontecer. Veja as suas divisões:
- Monocromata típico: É a falta das cores. Ocorre nos humanos com incidência de 0,0003% nos homens e 0,002% nas mulheres.
- Monocromata atípico: É quando as cores enxergadas são em tons de luz verde.
Dicromacia
Esse tipo de daltonismo é aquele onde não há a percepção sobre de um tipo específico de cores, podendo ser dividido entre:
- Protanopia: Esse é o daltonismo mais comum. O indivíduo que tem esse tipo pode enxergar não enxergar o vermelho, ou vê-lo muito pouco. Ao contrário dessa cor o que aparece na visão do paciente são tons de marrom, cinza e verde. Na verdade o verde costuma ser parecido com o vermelho – eles não conseguem fazer a distinção.
- Tritanopia: É um tipo raro de daltonismo onde o paciente não consegue distinguir o azul do amarelo. Pessoas com esse problema enxergam o azul de diferentes tons e o amarelo como um rosa mais claro. A cor que não é reconhecida é o laranja.
- Deuteranopia: Esse é o caso daquelas pessoas que não conseguem distinguir o verde. Os tons que enxergar no lugar são variações de marrom.
Tricomacia anómola
É causada por uma mutação no pigmento e pode ser vista de três formas diferentes:
- Protanomalia: Há uma menor sensibilidade à cor vermelha e também se vê um escurecimento das cores que pode resultar na confusão entre o vermelho e o preto.
- Deutenomalia: Quando há grande dificuldade de se reconhecer o verde – Representa praticamente metade dos casos de daltonismo.
- Trinomalia: É uma forma mais rara onde o azul não é reconhecido.
Fatores de risco
O daltonismo é uma doença que está inteiramente ligada ao cromossomo X. Isso significa que essa doença só irá se manifestar naquelas pessoas que tiverem sofrido alguma alteração em todos os cromossomos X que estão presentes no seu corpo.
Basicamente significa que se for uma mulher ela herdou o cromossomo alterado dos pais e se for homem ele herdou o X alterado da mãe. Esse é um dos grupos de fatores de risco com relação à contração do daltonismo, mas existem outras formas de se adquirir a doença.
Daltonismo se contrai?
Sim! Muita gente não faz ideia disso, mas além da questão genética que citamos logo acima, existem outras formas em que o indivíduo pode apresentar o daltonismo. A gente as separou e listou para que você possa conhecê-las, observe:
Doenças
Algumas doenças podem fazer com que o paciente seja levado a ter daltonismo. Doenças como diabetes, anemia falciforme, leucemia, glaucoma, degeneração muscular, doença de Alzheimer e doença de Parkinson.
Idade avançada
O envelhecimento do ser humano também colabora para o daltonismo. Com o passar dos anos a capacidade de enxergar e distinguir as cores pode se desgastar.
Uso de medicamentos
Alguns remédios para tratamento da hipertensão arterial e até para alguns problemas psicológicos tem como efeito colateral o desenvolvimento do daltonismo.
Exposição a produtos químicos
Outra coisa que pode causar daltonismo é a exposição a certos produtos químicos. Ficar exposto a sulfureto de carbono, por exemplo, te deixará mais suscetível a ter esse problema.
Como saber se eu tenho Daltonismo?
Os sintomas do daltonismo são fáceis de perceber para quem não tem, mas podem variar de acordo com o seu grau e com a pessoa que o tem. Normalmente os sintomas são: dificuldade para distinguir cores e algumas tonalidades e também a dificuldade em enxergar cores e suas tonalidades diferentes.
O mais comum é que as pessoas nem percebam que são daltônicas, o que costuma acontecer é que os pais reparam nisso quando elas são crianças e estão aprendendo a diferenciar as cores.
Diagnóstico
Apesar de uma simples distinção de cores denunciar que a pessoa tem um sintoma de daltonismo, o diagnóstico só é feito por meio de alguns exames simples, como o teste de Ishihara e o eletroretinografia.
Por meio deles o daltonismo é constatado sem dúvidas e o especialista conseguirá ver o tipo e o grau que o paciente apresenta.
Após a confirmação da doença o médico provavelmente irá recomendar algumas ações que conseguem amenizar a situação. Existe, por exemplo, algumas lentes de contato que ajudam essas pessoas a distinguir cores que são muito parecidas.
Não existe cura para o daltonismo, mas é possível viver com isso sem problemas. A única coisa que se deve evitar é exercer alguma profissão ou outra atividade que exija uma visão perfeita.
Como se prevenir?
Infelizmente não existem formas eficientes de prevenção do daltonismo, até porque a maioria das incidências no mundo são resultados de mutação genética, como já mencionamos. A única coisa que você pode fazer é evitar alguns medicamentos que interfiram na saúde dos olhos.
Direito dos portadores de daltonismo
O Brasil reconhece e exige que os portadores de daltonismo tenham os direitos que a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra Pessoas Portadoras de Deficiência estabelece.
Entre elas está a obrigação que cursos de educação complementar (privado ou público) devem adotar seus materiais para essas pessoas. Isso garante que tenham uma educação de qualidade sem sofrer quaisquer tipo de interferência.