Hoje iremos falar sobre um problema que acontece com muita gente e deixa as pessoas de cabelo em pé erroneamente: o Lipoma. Diferente dos linfomas, o lipoma ou o lipomatose, é um tumor benigno que não é e nunca será um câncer.
Caso note o aparecimento de um tumor em alguma parte do corpo e no momento da consulta o médico lhe informe sobre o lipoma, não se desespere! O diagnóstico nada tem a ver com a doença mais temida do século.
Trata-se na verdade do acúmulo de tecido gorduroso que fica alojado debaixo da pele, de forma subcutânea. Eles podem ter características difusas, sem a capsula ou tecido encapsulado. O único problema que o lipoma pode causar é quando ele cresce de forma exagerada. Nesse caso ele pode gerar incômodo.
Existem vários tipos de lipomas e é comum que eles apareçam em locais específicos do corpo humano, como braços, coxas e troncos. Verifique a seguir os tipos de lipomas:
- Angiolipoma;
- Intramuscular;
- Subcutâneo superficial;
- Celular;
- Lipoblastoma benigno;
- Dos nervos;
- Do tendão;
- Lipoma sinovial.
Como é feito o diagnóstico?
Normalmente é possível que o médico diagnostique o problema somente apalpando o tumor. No entanto, quando o tumor apresenta características incomuns, é possível que o paciente precise se submeter a uma ultrassonografia ou a uma biópsia de lesão para ter certeza sobre o problema.
Em alguns casos o lipoma pode ser confundido com o lipossarcoma, um tumor maligno originário das células gordurosas.
Por conta da semelhança de aspecto com um tumor maligno é importante que o paciente procure logo um médico assim que o lipoma surgir e faça todos os exames necessários. Caso seja um problema grave, quanto mais rápido a identificação da doença, melhor e mais eficaz a forma de tratamento.
Tratamento do Lipoma
Na maioria dos casos o lipoma não é um problema, já que ele é caracterizado por um tumor pequeno que não causa dor. Quando é dessa forma não existe nenhuma forma de tratamento necessária, ou ele ficará presente para o resto da vida do paciente sem causar nenhum dano, ou simplesmente desaparecerá com o passar do tempo.
Em situações raras os lipomas acabam crescendo de forma exagerada, o que pode causar dor e deficiência na estética, visto que costumam aparecem em locais indesejáveis, como a face. Para a resolução do problema é necessário a realização de uma cirurgia para a sua remoção. É um procedimento simples que precisa retirar todo o tumor, para que não haja recidiva.
Existem duas formas de cirurgia para a remoção do lipoma: a excisão simples e a lipossucção.
A excisão é a forma de intervenção cirúrgica mais comum que garante que todo o lipoma tenha sido retirado. No caso da lipossucção, que só pode ser feita caso o tumor seja maleável e de tecido cognitivo pequeno, a cicatriz deixada é bem menor, mas o problema dessa alternativa é que é muito comum que o lipoma não seja removido totalmente.
Caso a cirurgia seja feita da forma convencional, o tumor sendo pequeno a operação pode ser liderada por um dermatologista. Em casos de tumores grandes, principalmente nas áreas mais indesejadas, como no rosto, é necessário que a intervenção seja feita por meio de um cirurgião plástico.
Dessa forma quaisquer danos causados pela remoção do tumor serão redefinidas imediatamente, evitando que o paciente fique com algum tipo de deformação ou aspecto físico prejudicado.
Quais são os sintomas?
A maioria dos pacientes que tem lipomas não sente nenhum tipo de alteração física. Os lipomas podem passar despercebidos por toda uma vida e não causar nenhum efeito negativo. A forma que se apresenta é através do relevo na pele, que pode ter uma consistência firme ou elástica. O tamanho também varia, pode passar de meio centímetro a muitos centímetros de diâmetro. Em alguns casos podem ser dolorosos e múltiplos. A pele que está recobrindo o lipoma não apresenta nenhum tipo de alteração e permanece com seu aspecto tradicional.
Estar acima do peso facilita o surgimento do lipoma?
Não! O excesso de peso não tem nenhuma ligação com o surgimento do lipoma, mesmo ele sendo um acúmulo de gordura. O lipoma ocorre, inclusive, em sua grande maioria nas pessoas magras e os locais do corpo que tem mais gorduras não são comuns para o seu aparecimento. Percebeu-se, no entanto, que pacientes magros que ganham peso de forma rápida acabam por desenvolver lipomas quase que instantaneamente. No caso de retorno ao peso inicial o lipoma não desaparece.
Quais são as causas?
Não existem estudos suficientes que comprovem a causa do lipoma, mas sabe-se que há uma tendência familiar forte para o aparecimento do tumor. Por causa disso é provável que um forte componente genético seja responsável pela sua formação. Em outras situações observa-se a formação do lipoma após um grave trauma no local. Algumas doenças raras também pode favorecer o aparecimento do tumor, são elas:
- Doença de Madelung;
- Adipose dolorosa;
- Síndrome de Cowden ou Síndrome de Gardner.
Lipoma X Tumor maligno
Quem fará o diagnóstico do tumor e identificará qual é de fato será o médico consultado, que além de apalpar o tumor irá indicar uma série de exames, mas existem formas de diferenciar o lipoma de um câncer, por exemplo.
Os lipomas são acúmulos de tecido gordurosos, por isso são caracterizados por um tumor pequeno de forma arredondada debaixo da pele. Eles medem cerca de 1 a 3 centímetros de diâmetro (existem alguns, porém que crescem até mais de 10 centímetros) e costumam ser uma massa homogêneas que tem bordas regulares. O lipoma não causa dor ao ser apalpado, é maleável e móvel.
Obs.: Alguns lipomas podem causar dor, principalmente se forem os que mudam de tamanho ao longo dos anos.
Já no caso dos tumores malignos a massa é endurecida e com bordas irregulares. Ao apalpar ele o paciente irá sentir dor. Um aspecto essencial para definir a diferença de um para o outro é que enquanto o lipoma demora muito para crescer e se desenvolver, os tumores malignos crescem de forma acelerada.