Histerossalpingografia você já fez esse exame? O nome é bem complicado, mas saiba que se você deseja engravidar, essa é uma das análises que verificará as causas pelas quais algumas mulheres não podem engravidar. O exame de Histerossalpingografia é ginecológico – em posição semelhante à do papa nicolau – que irá ver as condições das trompas e útero. Vamos saber mais sobre ele?
O que é Histerossalpingografia?
A Histerossalpingografia é um exame que avalia a infertilidade. É um raio-X feito no útero e trompas, com aplicação de contrastes e analisa as causas de um casal não conseguir gerar um filho.
Mas também não é só isso. A Histerossalpingografia avalia problemas ginecológicos, entre eles a malformação, miomas ou tubas obstruídas, fazendo com que seja melhor visualizado a anatomia completa do sistema reprodutor feminino: do útero ao ovário.
Esse tipo de exame não é doloroso, porém, caso haja algum tipo de desconforto, o ginecologista pode indicar um analgésico ou anti-inflamatório. Por ser um exame simples, a Histerossalpingografia é feita no próprio consultório médico e também pode ser feita no SUS – Sistema Único de Saúde.
No particular esse exame chega a custar, aproximadamente, R$500,00, mas varia de acordo com a clínica escolhida.
A Histerossalpingografia é realizada, desde 1960, em mulheres que encontram dificuldade para engravidar. Quando a anatomia do sistema reprodutor está muito alterada, há a dificuldade conseguir ter um bebê.
Como é feita a Histerossalpingografia?
A Histerossalpingografia é um raio que é usado com um contraste – normalmente um composto de iodo em sua fórmula. Ele feito pelo colo do útero, por meio de um cateter. A paciente fica em posição ginecológica – deita e com os joelhos dobradas.
Na ponta do cateter é fixado um balão, que é inflamado quando já está dentro do útero para fixar a sonda. Só aí o contraste será injetado. Como o raio-X não atravessa o contraste, é possível ver a anatomia do útero e as tubas uterinas. Em alguns casos, o médico pedirá para mudar de posição, isso espalhará melhor o contraste e fornecerá mais informações ao exame.
Atenção: a Histerossalpingografia só pode ser feita uma semana depois da menstruação e antes da ovulação, garantindo que a mulher não está grávida. O período ideal é entre os dias seis e doze do ciclo (entre o final da menstruação e depois da ovulação).
Preparação pré exame
Sua ginecologista pedirá alguns cuidados antes de realizar o procedimento.
- Uso de laxante, prescrito, na noite anterior ao exame – para eliminar gases e fezes que podem prejudicar a visualização pélvica;
- Analgésico ou antiespasmódico, 15 minutos antes do exame, se o médico achar necessário;
- Informe ao médico se você desconfiar que está grávida – o contraste injetado e o raio-X podem gerar problemas ao feto;
- Caso tenha qualquer doença pélvica ou doenças sexualmente transmissível, o médico deverá ser notificado.
Muitas mulheres afirmam que a Histerossalpingografia é desconfortável por causa da aplicação do contraste, mas tudo dependerá do material utilizado pelo responsável. Atualmente existem duas sondas metálicas que possuem maior calibre, provocando um desconforto mais forte na mulher.
No Brasil, desde 1994, o exame é feito com material flexível e de pequeno calibre, o que torna a Histerossalpingografia mais confortável.
Vale notificar que é normal a paciente sentir uma leve cólica (como a cólica menstrual) que desaparecerá ao final do exame. Geralmente a Histerossalpingografia dura 30 minutos e o desconforto maior acontece nos primeiros sete minutos. Normalmente o médico aquecerá o contraste para evitar maiores contrações uterinas no momento do exame.
Pós-exames
Não há nada que você não possa fazer depois de realizar a Histerossalpingografia. A única coisa que se recomenda é evitar relações sexuais por alguns dias.
Quanto ao contraste, cerca de 70% sai em direção a vagina sozinho. Apenas duas ou três miligramas ficam no organismo. Normalmente acabam sendo eliminados pelos rins, sem modificar a cor ou aspecto da urina.
Contraindicações
Mulheres alérgicas aos contrastes iodados deverão comunicar o médico antes de realizarem os exames. Em alguns casos a Histerossalpingografia deverá acontecer dentro do ambiente hospitalar, sob os cuidados de outros médicos.
Como já mencionado mais acima, as grávidas não podem fazer esse tipo de exame, por causa do contraste e do raio-X.
Os maiores riscos de uma Histerossalpingografia é a infecção pélvica – quando não há os cuidados de assepsias. Mas caso contrário não há outros riscos.
Resultados em mãos
Com o resultado da sua Histerossalpingografia em mãos, o médico conseguirá avaliar as possíveis causas da infertilidade e de outros problemas que houver.
Por exemplo: Quando ele examinar o útero, o resultado normal será semelhante a essa resposta: “Formato normal que permite que o contraste se espalhe”. Caso o resultado seja alterado: “Útero deformado, com nódulos ou ferido”. Aqui o possível diagnóstico pode ser: mioma, pólipos, malformação, septo vaginal ou endometriose.
Quando o órgão examinado for as trompas o resultado normal apresentará: “Forma normal com trompas desobstruídas”. Em situações de resultado alterado; “Trompas com malformações, inflamadas ou com obstrução”. O diagnóstico será endometriose, doença inflamatória pélvica, obstrução das trompas, malformação, entre outras.
Com os resultados em mãos, o ginecologista pode prescrever o tratamento ideal para a sua necessidade ou realizar o procedimento de reprodução assistida, caso algo esteja obstruindo o caminho das trompas.
Algumas mulheres já conseguem engravidar após o exame, quando as trompas se desentopem. Entretanto é importante estar consciente de que esse não é o foco principal da Histerossalpingografia. O exame tem como intuito encontrar as alterações anatômicas ou funcionais que não permitem a gestação.
Mulheres com altos números de abortos, seguidos, doenças inflamatórias pélvica crônica e miomatose, são as mais indicadas para realizar o procedimento.
Considerações Finais sobre o exame de Histerossalpingografia
Através deste exame é possível descobrir qualquer alterações morfológicas congênitas do útero, aderências dentro da cavidade uterina e tumores intrauterinos, por isso é muito importante escolher um laboratório com equipamentos e médico de confiança para realizar com precisão a Histerossalpingografia.
Pesquise bem o local e não caia na tentação de realizar o exame no lugar mais barato. A Histerossalpingografia é um exame simples, mas que exige cuidados especiais.