Indisposição, inchaço, enxaquecas, as temidas celulites e aquela barriguinha saliente. O glúten engorda e apresenta uma enorme variedade de malefícios para o organismo!
Encontrada em alguns cereais (trigo, cevada, aveia, centeio, malte, entre outros), o glúten é uma proteína extraída desses alimentos. No dia a dia, ingerimos uma enorme quantidade de alimentos que contém o cereal – massas, biscoitos, pães, torradas e, acredite se quiser, até naquela cervejinha gelada.
Apesar de integrar refeições muito saborosas, o glúten não tem um processo de digestão fácil, fazendo com que não seja digerido completamente. Como os ‘pedaços’ grandes não são reconhecidos no organismo, uma batalha é travada dentro de nós, com os anticorpos tentando combater o corpo estranho.
O glúten engorda mesmo ou é mito?
Em seu consumo excessivo, o glúten engorda e cria aquela barriguinha em nosso corpo. Isso acontece porque as substâncias inflamatórias incitam a produção de gordura. O glúten também é responsável por ativar a enzima que gera o colesterol no corpo, por isso deve-se redobrar a atenção quanto ao seu consumo, já que mesmo que se tenha uma alimentação balanceada, ele ‘rouba’ os componentes dos outros alimentos.
Por exemplo, ele consome a insulina fazendo com que falte glicose nas células, deixando a pessoa com falta de energia, consequentemente cansada e com muito sono após uma refeição. O glúten também pega o lugar da endorfina no cérebro, logo quando consumir esse alimento que te faz mal, terá um prazer de satisfação apenas momentâneo.
Ao longo do tempo é indicado moderar o consumo de produtos com glúten para que ele não atrapalhe a absorção de muitos nutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo.
É por essa razão que muitas dietas eliminam o glúten do cardápio. Cortando-o, a pessoa emagrece mais rápido, pois os anticorpos não precisam combater os processos inflamatórios e assim o corpo desinflama de um modo mais acelerado.
As maiores consequências do glúten
Estudos afirmam que o glúten engorda e está relacionado com várias doenças autoimunes, entre elas, o hipotireoidismo, dificuldade de ganhar massa magra e complicações para engravidar.
Ele também é responsável pela maioria das doenças terminadas em ites – gastrite, rinite, sinusite, amidalite, artrite etc., sem contar que grande parte das dores de cabeça, alterações na saciedade, diarreia, estufamento e prisão de ventre estão associadas ao consumo do glúten.
Nos últimos tempos muito se tem falado sobre a intolerância ao glúten, cientificamente tratada como doença célica. São as pessoas totalmente alérgica ao alimento, no qual o intestino não o aceita. Mesmo quem não é diagnosticado com o problema é possível desenvolver algum distúrbio ou reações. Quando a alergia é leve, faz-se a retirada do glúten da dieta suavizando os sintomas.
Diminua o glúten e viva melhor
Não precisa ser tão radical e tirar de vez a proteína. Comece aos poucos e vá substituindo pelas receitas sem glúten. Atualmente o mercado alimentício oferece uma variedade de opções como barrinhas de cereais, cervejas, massas, pães e torradas sem esse vilão. O sabor não irá se perder!
Mesmo que você não sofra com alguns dos sintomas já mencionados, não custa nada se prevenir. Afinal, estará livre de possíveis inflamações no organismo e não irá correr perigo dele consumir mais dos seus nutrientes.
Ahh, só não esqueça que antes de o cortar radicalmente procure orientação médica. É preciso equilibrar o organismo. Eles também não podem ser totalmente descartados já que auxiliam no controle da glicemia e triglicerídeos, aumentam a absorção das vitaminas e minerais, contribuindo para o melhor funcionamento da flora intestinal. Retirar o glúten por completo só pode ser decidido por um profissional e, normalmente indicado para os casos de doença célica.
O glúten então é o vilão da obesidade?
Como já mencionado o glúten engorda, então reduzi-lo do cardápio significa excluir uma das principais fontes de carboidrato, o resultado é realmente uns quilinhos a menos. Porém, vale lembrar que você pode tira-lo de vez, mas sem diminuir a quantidade de açúcares e gorduras ingeridos, o efeito desejado estará bem longe.
A maior razão para se eliminar o glúten da alimentação está no fato de ele ter passado por diversas modificações, nocivas, a partir dos anos 60, devido aos vários cruzamentos de espécies de trigo, prejudicando a sua estrutura. As mudanças envolveriam o aumento dos números de pessoas com pressão alta, diabete e com obesidade.
Substituindo o glúten
Você pode investir em diversos alimentos que não contenham glúten. Tudo é questão de controle, pois não vale comprar um pão sem glúten e traze-lo cheio de recheios e coberturas, né?! Confira pelo o que você pode trocar na sua alimentação:
- Gelatina, frutas, legumes e verduras;
- Carnes e peixes;
- Arroz, milho, amaranto, araruta, quinoa, trigo sarraceno;
- Amido de milho (popular maisena), tapioca, fécula de batata, polenta;
- Sal, açúcar, chocolate em pó, cacau (em moderação);
- Óleos, azeite, manteigas e margarinas.
- Farinha de arroz, mandioca, amêndoa, milho, feijão, ervilha, soja, inhame.
Entre os alimentos indicados mencionamos a tapioca, uma das queridinhas das dietas dos últimos tempos. Ela não é extremamente diet, já que 50 gramas têm cerca de 70 calorias, mas pode ser facilmente recolocada no lugar do pão ou até mesmo substituir uma refeição.
Ela é fácil de preparar – e é possível encontrá-la ralada, semi prontas no supermercado -, e usá-la com vários recheios. É só misturar uma pitadinha de sal na farinha e espalhar por uma frigideira. Você pode rechear a tapioca com frango ou queijo e até mesmo com coco fresco.
Para quem deseja variar ainda mais o cardápio, que tal colocar a mão na massa e fazer um delicioso bolo sem glúten? Você irá precisar de:
- 5 ovos;
- 2 maçãs, de preferência orgânicas, picadas em cubos;
- 2 xícaras de açúcar mascavo
- 1 xícara e meia de farinha de arroz
- 1/2 xícara de amido de milho (maizena)
- 3 colheres de sopa óleo de coco extra virgem
- 1 colher de sopa de fermento em pó
- 1 colher de chá de canela em pó
- 1 pitada de sal
Preparo: Bata os ovos na batedeira por cinco minutos. Acrescente o óleo de coco e o açúcar mascavo sem parar de bater. Adicione a farinha de arroz, o amido de milho, o sal e a canela. Por último misture o fermento em pó.
Despeje o conteúdo em uma forma untada com óleo de coco e espalhe a maçã picada. Você pode polvilhar açúcar com canela por cima. Asse em forno médio, pré-aquecido a 180º, por aproximadamente 30 minutos, até dourar.
Mesmo sabendo que o glúten engorda, não precisa se privar dos seus alimentos favoritos. Comendo com moderação, você não passa vontade e mantém a forma.