A pele sadia é essencial para nosso bem-estar físico e mental. Qualquer pessoa que tenha problemas de pele, como a foliculite, sabe como é difícil o convívio diário com esta questão, já que estes problemas podem causar desconforto e até mesmo diversos problemas relacionados à autoestima.
A pele representa 12% do peso seco total do corpo, sendo o maior sistema de órgãos expostos do nosso organismo. Uma amostra de pele de apenas 3 cm de diâmetro contém, aproximadamente, 3 milhões de células, entre 100 e 3.040 glândulas sudoríparas, 50 terminações nervosas e 90 cm de vasos sanguíneos.
Por ter tanta exposição ao meio ambiente, a pele sofre com os diversos fatores externos como a luz ultravioleta, além de sofrer com a exposição aos muitos agentes tóxicos presentes que podem trazer agressores ao organismo. Todos estes fatores podem gerar uma série de problemas dermatológicos.
O que é foliculite
Entre os muitos problemas de pele que podem acontecer está a foliculite que é uma inflamação causada por bactérias no folículo pilossebáceo, região onde cresce o pelo e onde há o sebo responsável pela proteção natural da pele.
O problema de foliculite é bastante confundido com o “pelo encravado” que, na verdade, é considerado uma pseudofoliculite, pois acontece simplesmente quando o pelo nasce e volta novamente para o folículo podendo gerar um processo inflamatório no local.
Para que o problema não se agrave, é importante se buscar recursos e tratamentos disponíveis no mercado que possam trazer resultados significativos. Existem diversos tratamentos modernos para resolver o problema da foliculite, porém a prevenção é sempre a melhor opção.
Como ocorre a foliculite
A pele tem uma estrutura básica, sendo formada por três camadas principais: a epiderme, a derme e a hipoderme.
A epiderme é a camada mais superficial da pele e seu ciclo de vida é de, aproximadamente, quatro semanas, sendo formada por células que se multiplicam e se renovam de forma rápida, eliminando as células mortas do local.
A epiderme é responsável por proteger e por bloquear a entrada de material estranho às camadas mais profundas.
A derme é a camada média da pele e é a responsável pela sustentação, pela resistência e pela elasticidade da mesma. Os folículos pilossebáceos e as glândulas sudoríparas, originadas na epiderme, também se localizam na derme. O folículo piloso é uma invaginação da epiderme profunda na derme, apresentando o formato de um dedo de luva. A glândula sebácea, por sua vez, fica suspensa no folículo piloso através de um pequeno canal.
A foliculite pode ser considerada superficial ou profunda. Boa parte dos casos de foliculite se desenvolve a partir de uma bactéria chamada de Staphylococus aureus, podendo também ser causada pela Staphylococus pyogenes. Estas bactérias afetam os folículos pilosos e apresentam como característica principal a presença de pústulas brancas ou amareladas, podendo também apresentar vermelhidão e coceira na pele.
A foliculite também pode acontecer devido à ação de fungos, como é o caso da foliculite da barba que acontece por causa do T. rubrum, podendo também ocorrer a chamada foliculite viral ou foliculite herpética que ocorre quando o vírus Herpes simples se espalha até os folículos capilares próximos, geralmente ao redor da boca.
A foliculite pode ser crônica nas regiões onde os folículos se encontram de forma mais profunda na pele, como acontece na barba e onde, os pelos mais grossos podem se curvar e penetrar na região causando uma irritação. Esta reação inflamatória pode acontecer por diversos fatores, tais como o excesso de suor, a raspagem dos pelos ou a depilação com cera, a fricção, a falta de higiene, as alterações imunológicas, a ação de alguns agentes químicos, entre muitos outros fatores.
A foliculite pode afetar tanto as crianças quanto os adultos, surgindo em qualquer local onde haja a presença de pelos, sendo, porém, mais frequente na região da barba, no caso dos homens, e na região da virilha, no caso das mulheres.
Tratamentos indicados para foliculite
Existem diversos recursos estéticos e dermatológicos que podem auxiliar bastante tanto na prevenção quanto no tratamento do problema de foliculite. Os diversos tipos de peelings, por exemplo, ajudam na renovação celular, estimulando o refinamento da pele e auxiliando na remoção de pústulas, facilitando, assim, a saída do pelo.
Recomenda-se também a terapia tópica para a foliculite com a utilização de cosméticos que tenham substâncias antissépticas e cicatrizantes, sendo indicado para os casos mais brandos. Em casos mais severos, porém, indica-se um tratamento com dermatologista.
Os princípios ativos e cosméticos mais indicados para o tratamento da foliculite são os esfoliantes físicos, tais como as sementes de damasco (utilizadas em sabonetes abrasivos, cremes, máscaras) e o óxido de alumínio, além dos esfoliantes químicos, tais como o ácido glicólico, o ácido mandélico e o ácido salicílico.
Pode-se também utilizar substâncias antissépticas e anti-inflamatórias como a maleleuca e o ácido glicirrízico, assim como as substâncias regeneradoras como a beta-glucan e o ácido hialurônico. No tratamento tópico também é recomendado o uso de pomadas com antibióticos como a neomicina, a mupirocina e a gentamicina.
O tratamento com alta frequência também é bastante recomendado. O aparelho produz uma corrente alternativa que age como vasodilatadora, além de ter efeito bactericida, germicida e antisséptica que ocorre em função da formação do ozônio na superfície da pele.
Como prevenir a foliculite
Apesar de existirem muitos tratamentos, a prevenção é sempre a primeira e mais importante medida. Manter a pele sempre limpa e seca é uma das maneiras mais importantes, de se evitar o crescimento de bactérias na região.
Deve-se, porém, evitar o uso excessivo de produtos antissépticos, pois estes podem deixar a pele seca e também poderá causar a morte de bactérias protetoras da pele. Outra forma de se prevenir o problema é evitar o calor excessivo, o atrito, além de se recomendar o uso de sabonetes antibacterianos e de compressas aquecidas.
É importante também tomar cuidado ao se fazer a barba ou em caso de qualquer tipo de depilação. Pessoas que tenham algum problema de saúde, como é o caso da diabetes, podem estar mais propensas a infecções e também à ocorrência da foliculite.
Vale lembrar que o diagnóstico correto deve sempre ser feito por um médico dermatologista para que se identifique o tipo de foliculite e para que ocorra a indicação adequada do tipo de tratamento.