O fator Rh é uma proteína do sangue que pode ou não estar presente no sangue de determinadas pessoas, isso será determinado geneticamente. Caso a pessoa possui a proteína no sangue diz-se que a pessoa é “Rh positivo ou Rh+”, já quando a pessoa não possui a proteína no sangue, chama-se ela de “Rh negativo ou Rh-”.
Grande parte das pessoas são Rh positivo, mas essa frequência está relacionada a genética de cada raça. Entre a população caucasiana (branca), existe uma proporção é de 85% de Rh+, entre a população negra, cerca de 94% são Rh+ e 90% entre os asiáticos. Considerando o Brasil, temos em média 95% da população sendo Rh +.
Isso poderá afetar a gravidez, quando existe uma diferença de fator Rh entre a mãe e o feto, mais especificamente a mãe sendo Rh negativo e o feto Rh positivo. Como quem é Rh positivo possui uma proteína chamada antígeno D na superfície dos glóbulos vermelhos e o Rh negativo não tem esse antígeno D no sangue, quando um Rh negativo entra em contato com o antígeno D, seu organismo irá se defender combatendo esse corpo estranho, como se ele fosse um “invasor”.
A eritroblastose fetal, (também conhecida como doença de Rhesus, doença hemolítica por incompatibilidade Rh ou doença hemolítica do recém-nascido) ,é uma doença caracterizada pela incompatibilidade do fator Rh no sangue da mãe Rh negativo e o do sangue do feto Rh positivo.
Como defesa do organismo da mãe, seu corpo irá enviar anticorpos anti-Rh e esses anticorpos entram na circulação do sangue fetal, acarretando em consequências como amenia e até a morte do feto. O nome eritroblastose fetal é oriundo do nome das hemácias imaturas, denominadas eritroblastos, que são produzidas e liberadas na corrente sanguínea do recém-nascido como consequência da anemia provocada pelo ataque ao organismo do feto.
Essa é um doença que afeta o feto e acontece apenas nos casos em que a mãe é Rh negativo e o pai é Rh positivo. Se o pai também for Rh negativo, geneticamente falando, não há riscos de ocorrer eritroblastose fetal no feto. Outra possibilidade de ocorrer a eritroblastose fetal é se a mãe tiver recebido uma transfusão de sangue inadequado, e nesse caso, mesmo que o pai seja Rh negativo, o feto pode desenvolver eritroblastose fetal.
Como o sangue do bebê entra em contato com o sangue da mãe?
Há certas circunstâncias, em que o sangue do bebê pode se misturar ao da mãe e provocar a sensibilização (produção dos anticorpos), estando listas abaixo:
- Em uma gravidez ectópica ou tubária
- Nos casos onde há sangramento vaginal ou aborto espontâneo após 12 semanas de gestação
- Em uma realização de exames invasivos
- Se a gestante sofrer um forte impacto na barriga durante sua gestação ou durante o parto de cesariana, um parto normal difícil ou com remoção manual da placenta.
Causas da eritroblastose fetal
Em relação as causas da eritroblastose fetal, existe diferença entre a primeira e segunda gestão. Veja abaixo quais são essas diferenças:
Na primaria gestação
- Quando a mãe (Rh-) que já tenha entrado em contato com sangue Rh+
- Durante uma transfusão sanguínea inadequada
- Com uma gravidez ectópica ou tubária
- Nos casos onde há sangramento vaginal ou aborto espontâneo após 12 semanas de gestação
- Em uma realização de exames invasivos
- Se a gestante sofrer um forte impacto na barriga durante sua gestação ou durante o parto de cesariana, um parto normal difícil ou com remoção manual da placenta.
Na segunda gestação
Pode ser a causa da eritroblastose fetal todos os fatores acima, além da situação em que a mãe Rh negativo tenha dado a luz a um filho Rh positivo e não tomado a medicação endovenosa de gamaglobulina anti-Rh, logo depois do parto desse primeiro filho Rh positivo. Pois essa substância irá impossibilitar que a mãe Rh negativo produza anticorpos permanentes e cause complicações na segunda geração de um filho também Rh positivo.
Consequências para eritroblastose fetal para o bebê
- Anemia profunda
- Icterícia adquirida
- Hemácias imaturas
- Morte do feto
- Aborto
Tratamentos da eritroblastose fetal
Quando o grau de sensibilização da mãe é pequeno os problemas acontecem apenas após o nascimento do bebê. Nesses casos, pode-se substituir todo o sangue do recém-nascido por sangue Rh negativo. As hemácias transferidas serão gradualmente substituídas por outras geradas pela organismo da criança e quando completa-se a substituição total, já não há mais presentes anticorpos da mãe com o anti-Rh na circulação do filho.