Diabetes mellitus é uma doença bem complexa e perigosa para o organismo humano. Ela é caracterizada pelo excesso de açúcar no sangue, podendo ocorrer de maneira hereditária, quando passa dos pais para os filhos, ou por uma alimentação desbalanceada e vida sedentária da pessoa.
Os seus sintomas são diversos, sendo que os principais são: sonolência, perda do apetite, náuseas, vômitos e vontade, em excesso, de urinar, além do aumento de glicose no sangue.
Após uma grande bateria de exames, que são necessários, pois os sintomas da doença podem ser confundidos com de outras, o médico deverá recomendar a ingestão de um medicamento efetivo para iniciar o tratamento.
Assim, entra em ação o Gliconil, um remédio com ação direta no alívio dos sintomas e/ou cura da diabetes. Com isso, hoje, iremos abordar detalhes importantes presentes em sua bula, que serão primordiais para os pacientes que estão dando, ou pretendem dar, inicio ao seu uso.
Para que serve o Gliconil
Gliconil, como informado na introdução inicial, é indicado para ser usada em pacientes que possuem Diabetes Mellitus do tipo 2, ou diabetes de adulto. Esse tipo é caracterizado quando os níveis de presença de glicose no sangue já estão tão altos que não podem ser controlados com dietas, exercícios físicos e/ou redução de peso corporal, assim precisando da utilização de um medicamento efetivo.
Além disso, ele possui uma ação secundário em casos de artrose e osteoartrites primária e secundária.
Vale ressaltar que, apesar de saber para que serve o remédio, não é recomendado utilizá-lo por conta própria. Busque orientação e monitoramento de um médico especialista para dar início ao tratamento.
Como funciona o Gliconil
O Gliconil possui como princípio ativo da sua formulação o componente Glibenclamida, que é primordial para ação que o remédio tem no organismo.
A Glibenclamida é um antidiabético oral do grupo das sulfonilureias. Dentro do organismo, ele tem uma ação muito presente para diminuir o açúcar no sangue, com efeito hipoglicemiante, reduzindo a concentração plasmática da glicose, conseguindo liberar a insulina das células do pâncreas. O componente também é bastante tolerável.
Além desse efeito hipoglicemiante, a Glibenclamida apresenta ação de reduzir a glicose hepática produzida no organismo e melhorar a chegada de insulina nos tecidos periféricos.
Gliconil emagrece ou engorda?
Diante das informações apresentadas em sua bula, o Glibenclamida, e seu efeito hipoglicemiante, não causam a ação adversa de emagrecimento ou de ganho de peso nos pacientes que fazem a sua administração.
Porém, pelo fato do seu efeito hipoglicemiante conseguir aumentar os níveis de insulina no sangue, é possível que algumas pessoas sintam um efeito colateral de aumento do apetite, sentindo mais fome que o comum, durante o dia inteiro. Com isso, o paciente irá comer mais e, automaticamente, ter ganho de peso.
Pacientes com glicemia descontrolada, que fazem administração do Gliconil, terão aumento de peso.
E por fim, o efeito hipoglicemiante da Glibenclamida irá aumentar a fadiga e cansaço da pessoa, evitando que ela tenha uma vida ativa, praticando exercícios físicos diários. Isso também poderá trazer o aumento indesejado de peso, já que o paciente não irá gastar calorias suficientes.
Porém, normalmente, se a boa administração da ingestão do Gliconil for equilibrada junto a uma boa alimentação, seguindo uma dieta recomendada por uma nutricionista, e vida saudável, os pacientes não deverão se preocupar com emagrecer ou engordar com o remédio.
Como tomar o Gliconil
A ingestão do comprimido é feito por via oral. Eles devem ser ingeridos inteiro, sem mastigar. Tome junto a uma quantidade de líquido, para descer corretamente e fazer o efeito necessário.
Dose inicial: administração 1/2 a 1 comprimido, de 5 mg, uma vez ao dia.
A dose inicial é recomendada para o início do tratamento, aumentando gradativamente, segundo orientação médica. Essa dosagem é essencial, principalmente, para os pacientes que possuem, ou tem tendências, a hipoglicemia ou possuem um peso menor que 50kg.
Dose única usual: administração de 1/2 a 2 comprimido, de 5 mg, uma vez ao dia.
É recomendado que faça a ingestão da dose antes do café da manhã, ou da primeira refeição principal do dia. É essencial se alimentar corretamente durante o tratamento.
Deverá ocorrer alterações na dosagem utilizam em casos de:
- Alteração no peso ou no estilo de vida do paciente.
- Surgimento de efeitos e fatores que podem aumentar a hipoglicemia ou hiperglicemia.
Apesar das doses recomendadas acima, o tratamento deve ser iniciado junto a um médico especialista, que deverá fazer um monitoramento presente, com o paciente respeitando os horários e posologia prescritos pelo mesmo.
Em caso de superdosagem, quando o paciente faz a ingestão de uma dose acima da permitida, é necessário procurar o médico com urgência.
Precauções do Gliconil
Como todo os medicamento, o Gliconil possui algumas precauções a serem seguidas pelos pacientes que estão iniciando, ou já iniciaram, o uso dele. São elas:
- É importante manter uma alimentação saudável e vida ativa, com exercícios físicos, para o efeito do Gliconil ser mais efetivo.
- Durante o durante a utilização do medicamento, é importante fazer exames para verificar os níveis de glicoseno sangue e na urina.
- É essencial os pacientes fazerem determinações regulares da proporção de hemoglobina glicosilada.
- O paciente e o médico especialista devem tomar cuidados com o risco de hipoglicemia.
- Os principais fatores que podem ajudar o desenvolvimento da hipoglicemia durante a ingestão do Gliconil são: horários irregulares das principais refeições diárias, mudanças drásticas na dieta seguida, desequilíbrio entre exercícios físicos e ingestão de carboidratos, problemas de funcionamento nos rins e/ou fígado, superdosagem do medicamento e distúrbios no sistema endócrino.
- Os idosos são aptos ao efeito hipoglicemiante nos seus organismos, porém são mais sensíveis a hipoglicemia. Com isso, adultos com mais de 65 anos devem utilizar dose reduzido de Gliconil.
- Em casos de hipoglicemia, ela pode ser tratada e corrigida, normalmente, com a ingestão de carboidratos.
- Além da hipoglicemia, se outras doenças aparecem durante o uso de Gliconil, é necessário buscar ajuda de um médico imediatamente.
- Se o paciente for diabético, é essencial informar o médico antes do início do tratamento.
- Pacientes com deficiência de G6PD devem ter cautela com o uso do medicamento.
- Mulheres grávidas ou que estão amamentando não devem fazer a administração de glibenclamida.
- Pacientes com problemas nos rins e fígado não devem tomar o remédio.
- É necessário ter monitoramento constante do médico durante o tratamento da diabetes.
- Pacientes que estão utilizando o remédio não devem fazer ações que exija muita atenção, principalmente dirigir.
Contraindicação do Gliconil
As principais contraindicações do uso de Gliconil são:
- Portador de diabetes mellitus do tipo 1, também chamada de diabetes juvenil.
- Pacientes em tratamento de cetoacidose diabética e pré-coma ou coma diabético.
- Pacientes que possuem problemas de funcionamento dos rins e/ou fígado.
- Quem tenha hipersensibilidade, alergia ou qualquer outro problema que pode ser causado com os componentes da fórmula, principalmente o Glibenclamida.
- Mulheres grávidas ou que estão amamentando.
- Pacientes que estão utilizando qualquer medicamento com bosentana entre os componentes.
- Crianças na faixa etária pediátrica.
Advertências
Algumas das advertências de uso do Gliconil são:
- Estudos indicam que a administração de Glibenclamida aumenta significadamente a mortalidade cardiovascular.
- Os principais sintomas da hiperglicemia incluem: o aumento de vontade de urinar, boca e pele seca, além de sede intensa.
- Os principais sintomas da hipoglicemia incluem: maior vontade de comer, suor constante, tremor, agitação, irritabilidade, dor na região da cabeça, dificuldade para dormir, mudanças de humor e alterações na fala e visão.
- Pacientes alérgicos a outros derivados de sulfonamidas podem sofrer alguma reação com a ingestão de glibenclamida.
Efeitos colaterais do Gliconil
Como todos os medicamentos, o uso do Gliconil pode trazer algumas reações adversas aos pacientes que estão no tratamento. As principais são:
- Hipoglicemia, com muitas vezes sendo prologada e colocando a vida da pessoa em risco. Os principais sintomas da doença incluem dor de cabeça, náuseas, vômito, sonolência, problemas ao dormir, inquietação, dificuldade para se concentrar, mudanças de humor, delírios e outros.
- Suor em excesso.
- Ansiedade.
- Hipertensão e palpitações.
- Taquicardia.
- Alterações visuais no início do tratamento.
- Dor na região abdominal.
- Vômitos e diarreias.
- Náuseas
- Casos raros de hepatite, icterícia, trombocitopenia, agranulocitose, leucopenia, eritrocitopenia, granulocitopenia e anemia hemolítica.
- Urticária.
- Surgimento de bolhas.
- Erupções cutâneas.
- Eritema.
- Multiforme.
- Dermatite.
- Ganho de peso.
No surgimento de qualquer um das reações adversas citadas acima, ou qualquer outra, é necessário orientar um médico especialista e notificar o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Interação Medicamentosa do Gliconil
Alguns tipos de medicamentos não podem ser utilizados junto ao Gliconil, pois pode ocorrer algum efeito colateral e perda da efetividade. Os principais casos que devem ser evitados são:
- Por causa da ação hipoglicemiante, nenhum medicamento pode ser utilizado junto ao Gliconil sem buscar orientação de um médico.
- Utilizá-lo junto ao medicamentos com Bosentana entre os componentes pode levar a uma elevação das enzimas hepáticas e ao acúmulo intracelular de sais biliares citotóxicos.
- Caso você esteja utilizando algum medicamento indutor ou inibidor do CYP2C9, deve procurar orientação médica.
- Os seguintes componentes podem aumentar o efeito hipoglicemiante do componente: insulina e outros hipoglicemiantes orais, inibidores da ECA, esteroides anabolizantes e hormônios sexuais masculinos, cloranfenicol, derivados cumarínicos, ciclofosfamida, disopiramida, fenfluramina, feniramidol, fibratos, fluoxetina, ifosfamidas, inibidores da MAO, miconazol, ácido paramino-salicílico, pentoxifilina (uso parenteral em altas doses), fenilbutazona, azapropazone, oxifembutazona, probenicida, quinolonas, salicilatos, sulfimpirazona, sulfonamidas, agentes simpatolíticos tais como beta-bloqueadores, e guanetidina, claritromicina, tetraciclina, tritoqualina e trofosfamida.
- Os seguintes componentes podem diminuir o efeito hipoglicemiante do medicamento: acetazolamida, barbitúricos, corticosteroides, diazóxido, diuréticos, epinefrina (adrenalina) e outras medicações simpaticomiméticas, glucagon, laxativos (após uso prolongado), ácido nicotínico (em altas doses), estrogênio e progestágenos, fenotiazínicos, fenitoína,hormônios tireoidianos e rifampicina.
- Medicamentos antagonistas do receptor H2, clonidina e reserpina podem interferir no efeito do Gliconil no organismo.
- Derivados cumarínicos podem sofrer grandes alterações com o uso de Glibenclamida.
- Glibenclamida pode elevar a toxicidade da plasmática da ciclosporina.
- Álcool pode aumentar a ação hipoglicemiante do remédio, por isso não se deve ingerir bebidas alcoólicas durante o tratamento.
Armazenação Gliconil
É necessário conversar o produto em uma temperatura ambiente e protegido da umidade. O mantenha em um local longe de crianças.
Preço do Gliconil
Ele é comercializado nas principais farmácias populares.
A embalagem com 30 comprimidos tem o preço variante de R$1,50 a R$4,00.