Imunoglobulina: A proteção do nosso corpo


A imunoglobulina nada mais é do que nosso anticorpo. Também conhecida como Gamaglobulina, trata-se de uma glicoproteína que é sintetizada e excretada pelas células plasmáticas para atacar agentes estranhos que estão no nosso corpo – os antígenos.

Dessa forma ela consegue realizar a defesa do nosso organismo, evitando que um desses agentes nos ataque e cause algum tipo de dano ao organismo.

Depois que há esse contato entre a imunoglobulina e o agente, o corpo começa a produzir agentes anticorpos específicos para acabar com a ameaça. Existem diferentes tipos da imunoglobulina e logo mais falaremos e caracterizamos cada uma delas.

Funções da imunoglobulina

Pode-se dizer que a imunoglobulina possui duas funções básicas que ajudam a preservar o corpo humano e livrá-los de invasores.

Veja quais são essas funções:

Função de ligação

Isso acontece porque a imunoglobulina se aproxima de um antígeno específico para hospedar o corpo. Essa é a função primária dos anticorpos. A valência da imunoglobulina tem a ver com a quantidade de agentes estranhos que ela pode se liga. Quanto mais ela conseguir será melhor para o nosso corpo.


Função Efetora

Isso significa que por mais que a ligação feita anteriormente não tenha resultado em um efeito biológico direto, os efeitos que são significativos são resultantes das funções efetoras secundárias dos anticorpos.

Não são todas as imunoglobulinas que conseguem fazer todas as funções efetoras. Entre essas funções estão: Ligação a vários tipos celulares para fazer com que eles desempenhem funções determinadas e fixação ao complemento.

Os diferentes tipos de imunoglobulina

imunoglobulina

Existe cinco classes diferentes de imunoglobulina que tem função de anticorpo no nosso organismo. Cada uma delas possui função e característica diferente. Sua propriedade biológica e a localização funcional também se distinguem.

Veja abaixo cada uma delas e suas características:

  • Imunoglobulina IgG: Essa é que está de forma mais abundante no nosso sangue. Pode-se dizer também que esse é o anticorpo mais importante da resposta imune secundária e que mais disposição para fazer a ligação antígeno-específico.Ele é formado por 4 subclasses que são baseadas por conta das suas cadeias pesadas y, são as IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4.
    Quando a mulher está grávida essa imunoglobulina passa pela placenta e dá um alto nível de imunidade ao feto e recém-nascido. Entre seus mecanismos efetores estão a opsonização, neutralização de toxinas e a aglutinação.
  • Imunoglobulina IgM: Essa é a principal com relação à resposta aos antígenos. Ela também é a primeira da classe que se eleva na fase mais crítica dos processos imunológicos do corpo.É por meio do mecanismo efetor da IgM que todo o sistema é desencadeado. Ela não tem muita afinidade com os antígenos porque a sua forma secretada é produzida anteriormente à maturação dos linfócitos B.
  • Imunoglobulina IgD: Ela é co-expressa com a IgM e a sua presença na membrana dos linfócitos B mostra que eles migraram da medula óssea para os tecidos linfoides e que estão ativos.Em alguns estudos foi percebido que graças a IgD houve indução de produção de fatores antimicrobianos para defender o trato respiratório.
  • Imunoglobulina IgA: É a principal encontrada nas secreções exócrina (como na saliva, mucos e lágrimas). Ela é responsável pela prevenção da invasão de microrganismos e pela penetração de toxinas nas células epiteliais. Também é a imunoglobulina responsável em dar imunidade passiva de mãe para filho.

Estrutura da imunoglobulina

Ela é estruturada por meio de duas cadeias leves que são idênticas mais duas cadeias pesadas que também são idênticas. Por meio de pontes dissulfetos as cadeias leves são ligadas às cadeias pesadas.

As pontes sofrem variação de acordo com a quantidade a posição entre as classes dos anticorpos. As duas cadeias também tem uma região variável e outra constante. É justamente o domínio variável que vai dar ao anticorpo a especificidade.

Imunoglobilina Humana Endovenosa

Quando alguns pacientes não conseguem produzir quantidades suficientes de imunoglobulina talvez seja necessário fazer um tratamento com a imunoglobulina humana endovenosa. Ela é utilizada não só para tratar como para prevenir uma série de doenças que tomam conta do nosso corpo quando não conseguimos produzir nossa própria imunidade.

O que acontece, no entanto, assim como qualquer outro tipo de medicamento, é que algumas pessoas fazem a automedicação e isso é um grande risco. Só é possível fazer a utilização desse medicamento se ele for indicado e aconselhado por um médico.

Até porque só ele poderá dizer o tratamento ideal para o seu problema, o que inclui a dosagem e o período de tratamento. Fazer uso de maneira própria pode causar alguns efeitos colaterais e outros danos.

Efeitos colaterais da Imunoglobulina Endovenosa

Entre os efeitos que esse medicamento pode causar estão as palpitações, dificuldade de respirar, aceleração dos batimentos cardíacos, sensação de queimadura na cabeça, fraqueza, sensação de desmaio, lábios ou unhas azulados.

Contraindicações

Algumas pessoas devem evitar o uso de imunoglobulina como medicamento, por isso é importante avisar ao seu médico caso esteja em algum dos grupos listados abaixo:

  • Fase da lactação
  • Gravidez
  • Alergia a medicamentos
  • Tratamento por outros medicamentos
  • Outra enfermidade
  • Já teve reação à imunoglobulina intravenosa no passado.

O que acontece em caso de superdosagem?

A dosagem de qualquer medicamento pode levar a problemas graves. No caso da superdosagem de imunoglobulina o corpo pode vir a ter uma sobrecarga circulatória e hiperviscosidade – principalmente nos pacientes que possuem problemas de função renal e nos idosos.

Vacina de imunoglobulina

Existe pelo menos 4 tipos de medicamentos que são à base imunoglobulina e se assemelham com vacinas. Duas delas são distribuídas pela rede pública (para hepatite B e para Varicela) e outras duas podem ser encontradas na rede particular como a anti RH e a anti-VSR.

O objetivo dessas vacinas é evitar que haja a ação de um antígeno no organismo de diversas forças. A ação da imunoglobulina, ao contrário de vacinas convencionais, é imediata, livrando o organismo de qualquer ameaça.

Todas essas só podem ser administradas em um indivíduo se houver a indicação médica para isso, caso contrário não deve ser utilizada.