Enfisema pulmonar: o presente do cigarro


“Isso ainda vai acabar te matando”. Quantas vezes você já ouviu (se for fumante) ou já falou essa frase? As pessoas que adquiriram o hábito de fumar sabem que mais cedo do que deveria, suas vidas irão acabar. E uma das causas disso pode ser um enfisema pulmonar.

Mais comum por causa do uso excessivo e longo do cigarro, o enfisema pulmonar é uma doença degenerativa que surge depois de muita agressão aos tecidos do pulmão. O cigarro, ou outras toxinas acabam destruindo aos poucos a capacidade de respirar direito.

Os alvéolos, que são sacos de ar do pulmão, vão sendo exterminados. O papel deles é essencial para o corpo humano, eles incham quando transportam oxigênio do ar para os pulmões, e encolhem para que o dióxido de carbono seja expelido.

Quando a violência contra o pulmão é tão forte a ponto de desenvolver um enfisema pulmonar, o pulmão perde essa elasticidade, e exalar o dióxido de carbono se torna cada vez mais difícil. O esforço para respirar aumenta e os danos ao organismo também.

Está no mesmo grupo de doenças que a asma e a bronquite, o de doenças pulmonares obstrutivas crônicas. Interfere diretamente na capacidade do seu humano respirar e pode levar a complicações, ao ponto de causar o óbito.

A sensação que causa é de nunca conseguir inalar ar suficiente. Esse sintoma pode aparecer no início de uma atividade física, mas com o passar do tempo o estágio vai se tornando mais grave e a falta de ar será o tempo inteiro. Além disso, pode haver tosse e produção crônica de muco.


Existem outras causas, não tão fortes quanto ser fumante, que também contribuem para o desenvolvimento de um enfisema pulmonar:

  • Detritos no trabalho;
  • Exposição à poluição;
  • Inalação de fumaça.

Esse último fator precisa ser observado com atenção. A fumaça mais comum de inalar é a do cigarro, ou seja, o fumante não só está acelerando o processo da sua morte, prejudica diretamente a saúde das pessoas que convivem com ele. É um peso duplo.

Diagnóstico

enfisema pulmonar

Os sintomas sozinhos não serão capazes de promover o diagnóstico da doença. É preciso que o médico saiba dos seus hábitos diários, principalmente se você fuma e qual é a quantidade que isso pode representar.

Ele vai fazer testes e exames que vão analisar os padrões de respiração e o esforço que é feito para conseguir respirar. O que será observado também é a capacidade de inflação dos pulmões e sons que podem determinar uma taxa de ritmo de esforço brusco vindo do coração.

Uma má inflação, e um esforço muito grande do coração podem ser um alerta para um estágio mais avançado da doença e aí é necessário muito cuidado e um tratamento de urgência que precisa ser seguido à risca!

Os testes de função pulmonar são capazes de ver o funcionamento dos pulmões. Dentro desses testes há a espirometria, oximetria de pulso, medição do gás no sangue arterial e até mesmo raio-x.

Tratamento

Infelizmente o enfisema pulmonar é uma doença que não tem cura. Depois da agressão é impossível recuperar os tecidos desgastados e a elasticidade dos pulmões. O que pode ser feito é amenizar os efeitos da doença no corpo humano e evitar que ela progrida ainda mais.

Depois de feita a lesão, não dá para reverter. Por conta da agressão da fumaça e de outros poluentes a parede dos alvéolos ganham uma aparência bolhosa e uma cor acidentada. Assemelha-se a uma fruta podre, que perdeu sua beleza.

De qualquer forma, a coisa mais importante que um paciente diagnosticado com enfisema pulmonar precisa fazer, se for fumante, é parar de fumar. Se as lesões forem leves, o ato de parar de fumar ajuda a retardar o sintoma da falta de ar incapacitante.

Outro fator importante para ajudar o tratamento de alívio dos sintomas, é evitar exposição a outros poluentes do ar. Fora isso, serão receitados remédios para que auxiliem nos problemas causados pela doenças. Em alguns casos é necessário se submeter à cirurgia e ao auxílio de balões de oxigênio.

Veja abaixo algumas medidas de tratamento:

  • Remédios à base de corticosteroides;
  • Remédios broncodilatadores;
  • Remédios anti-inflamatórios;
  • Cirurgia para reduzir os pulmões;
  • Transplante de pulmão;
  • Terapia com oxigênio (suplemento de oxigênio complementar);
  • Fisioterapia;
  • Programa de exercícios físicos.

Prevenção

Estamos falando desde o início do artigo e é muito importante que isso seja dito mais uma vez: o cigarro mata! A forma de prevenir a doença é parando de fumar, ou não fumando nunca. Além do mais é possível auxiliar na prevenção, tratando de outras doenças respiratórias que se possa desenvolver, a ponto que fiquem controladas e não se desenvolvam para algo mais sério.

Enfisema pulmonar: uma das doenças que mais mata

Alguns cientistas e pesquisadores acreditam que em 2020 a enfisema pulmonar será a 5ª doença mais mata no mundo. Doenças como essa, que estão dentro do grupo de doenças respiratórias obstrutivas crônicas (DPOC), atingem 5% da população.

Esse problema é mais comum em homens depois dos 40 anos e em pessoas com o hábito de fumar. Em 10 anos (de 2000 a 2010) o número de casos de pessoas com enfisema pulmonar aumentou 65%, e a cada dia que passa, com o envelhecimento da população e a poluição do ar, essa porcentagem aumenta em ritmo acelerado.

Para se ter uma ideia do quanto o cigarro é o causador desse problema, 85% dos casos de enfisema pulmonar são em pacientes que fumam ou que deixaram de fumar, até as pessoas que não fumam mas convivem com fumantes tem incidência alta dessa doença.

Um dos problemas do ser humano é o imediatismo. Buscamos prazeres e alívios imediatos e esquecemos da necessidade de se manter saudável para continuar a vida. O uso excessivo do cigarro é uma espécie de suicídio parcelado.

Será que o prazer do momento vale uma vida mais longa e com qualidade? Talvez, pensando duas vezes antes de poluir o corpo, você se livre de outros riscos e fique longe do perigo de um problema como esse.

Por conta desse prazer momentâneo, os anos de vida da pessoa são reduzidos drasticamente e o que é pior, estará condenado a uma vida cheia de problemas de saúde, com muita dor e agonia. O enfisema pulmonar não só mata, como agoniza o paciente.