Embolia pulmonar: O risco da coagulação


Embolia se refere a algo que não possui fluidez suficiente para percorrer pelos caminhos da circulação pulmonar de forma livre. A embolia pulmonar, ou o tromboembolismo pulmonar (TEP), é o bloqueio da artéria pulmonar, ou de um de seus ramos.

Nos Estados Unidos, estima-se que esse problema está ou já esteve presente em 600.000 pessoas, na Europa esse número é de 300.000. Aqui no Brasil, a média está entre 3,9% a 16,6% da população total. É um problema que pode ser resolvido, mas se não houver tratamento necessário pode levar a complicações sérias.

Quando o coágulo de uma veia (trombo venoso) é formado, acaba sendo transportado pelo próprio fluido do sangue para outros locais do corpo humano. Nesse trajeto ele pode se deparar com uma via mais estreita onde não conseguirá prosseguir e ali se instala, interrompendo o fluxo do sangue.

O embolo pode ser formado por coágulos de sangue, por bolhas de gás ou até mesmo por gordura. Quando se fala de embolia pulmonar é mais frequente que esteja se referindo a embolia por coágulo de sangue (por conta da sua frequência de casos).

Sintomas

É essencial para o tratamento deste problema, que assim que os sintomas que listamos abaixo apareçam haja uma consulta imediata com um médico. O tempo que você leva para diagnosticar o problema pode ser vital.

Sintomas corporais:

  • Tosse com sangue;
  • Dor torácica da inspiração;
  • Falta de ar.

Sintomas clínicos:

  • Respiração acelerada;
  • Taquicardia;
  • Baixa saturação do oxigênio.

Em situações de casos graves por haver instabilidade na circulação no organismo, perda de consciência e até levar a morte súbita.

Diagnóstico da embolia pulmonar

Os sintomas costumam caracterizar facilmente o problema. Mas é provável que o médico solicite exames clínicos. Nos casos menos graves um exame de sangue já será suficiente. Em outros casos, porém, é necessário fazer exames mais específicos, são eles:

embolia pulmonar

  • Tomografia computadorizada;
  • Cintilografia pulmonar;
  • Ultrassonografia de membros inferiores.

No momento em que a embolia é diagnosticada, é vital que a causa deste aparecimento seja investigada. Só assim conseguirá haver prevenção para outras ocasiões. Assim como existem possibilidades de surgimento conhecidas, em outros casos as embolias aparecem sem causa comum (para esses casos é importante verificar se não há nenhum tipo de doença no sangue).

Fatores de risco

Alguns problemas podem ajudar para que a embolia pulmonar aconteça. É importante está atento a eles, já que nesses casos o aparecimento de sintomas (que já mencionamos) é praticamente uma certeza do problema.

Veja abaixo os fatores:

  • Quem já sofreu um acidente vascular cerebral;
  • Pacientes com câncer;
  • Fumante;
  • Quem está em período de gestação;
  • Quem se encontra em estado de repouso por muito tempo no leito;
  • Portadores de algumas doenças genéticas;
  • Pacientes com obesidade;
  • Pessoas que foram submetidas a alguns procedimentos cirúrgicos;
  • Idade avançada;
  • Mulheres que fazem uso constante de anticoncepcional;
  • Pessoas que precisam fazer reposição hormonal;
  • Portadores de trombofilias;
  • Portadores de síndrome nefrótica.

Tratamento

Não existe um tratamento específico para esse caso. O esforço que é feito é para que o paciente fique estável, com a pressão arterial controlada e com oxigênio disponível caso haja baixas.

Nos casos mais simples, apenas o medicamento anticoagulante resolverá, impedindo que os coágulos se formem novamente. Infelizmente, o local infartado não tem jeito: o tecido pulmonar não é recuperável.

Em casos onde já existem casos de embolia pulmonar na família, o paciente usará o medicamento para o resto da sua vida. A fim de reduzir a possibilidade de o problema aparecer novamente.

Nas embolias mais graves é preciso fazer a utilização do filtro implantado na veia cava, que vai servir como um coador, barrando a passagem de trombos grandes. Uma intervenção cirúrgica também pode ser uma opção.

Outra forma de tratamento que o médico pode aconselhar é o uso dos trombolíticos. Essa medicação serve para diluir o embolo e tenta recuperar a circulação sanguínea no local afetado.

Obs: O uso de trombolíticos pode causar efeitos colaterais desagradáveis. Ele pode provocar sangramentos graves em várias regiões do corpo, o que inclui sangramentos cerebrais. Por conta disso o uso ó é indicado em casos extremos.

Diferentes tipos de embolia pulmonar

  • Embolia gasosa: Acontece no caso de ar injetado na veia. A situação é tão delicada que com apenas 300 ml de ar a embolia pode se tornar fatal;
  • Embolia por outros materiais: Usuários de droga tem o risco de sofrer embolia se injetarem na veia uma droga que não esteja devidamente diluída. Se isso ocorrer, os fragmentos da droga irão se locomover até o pulmão e exercerão o mesmo papel de um coágulo, bloqueando a circulação do sangue;
  • Embolia gordurosa: Ocorre quando há uma fratura de ossos grandes e a medula óssea é liberada para a corrente sanguínea. O tempo em média que leva para que os fragmentos se tornem embolos é de 24 às 72h após a fratura.

Como prevenir?

A embolia pulmonar é um problema sério. O agravamento desta condição pode levar a morte rapidamente, a ponto de não dar tempo de a pessoa chegar ao médico. Por conta disso é importante que se procurem formas de prevenir esse problema.

Os pacientes que irão passar por algum tipo de cirurgia ortopédica nos membros inferiores são grandes candidatos ao risco de uma embolia pulmonar. É preciso prestar atenção a estes casos. Para eles é importante que logo após a operação eles se levantem e andem logo que seja possível.

Também é recomendado que eles façam o usos de meias elásticas especiais, que são feitas para reduzir o problema da coagulação do sangue nas pernas e para auxiliar e incentivar a circulação sanguínea.

É comum que antes das cirurgias os pacientes façam a ingestão de remédios com ação anticoagulante. O medicamento mais comum nesses casos é a heparina. Quando o paciente tem histórico familiar de embolia pulmonar, é possível que o médico recomende o uso desse medicamento para toda a vida.

Em situações de maior risco, é possível que seja utilizado um filtro na veia cava, para que reduza ainda mais a chance de qualquer tipo de complicação.